Após cobrança do funcionalismo, banco promete fazer nova proposta dia 6/11

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Após a pressão exercida pela Contraf-CUT, federações e sindicatos, o Santander se comprometeu a apresentar uma nova proposta no próximo dia 6 de novembro para a renovação do acordo coletivo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Esse foi o principal resultado da quarta rodada de negociação específica da Campanha Nacional 2014, ocorrida dia 23/10, em São Paulo. Os bancários frisaram que a proposta feita na rodada anterior, no último dia 14, não trouxe nada de novo, limitando-se a fazer adequações em cinco cláusulas do aditivo vigente.


Os dirigentes sindicais cobraram o fim das demissões, da rotatividade e das terceirizações, mais contratações e um centro de realocação para evitar dispensas em caso de fechamento de agências. Há falta de funcionários, metas abusivas, sobrecarga de trabalho e assédio moral, causando estresse, adoecimento e uso de remédio tarja preta. “Queremos que parem as reuniões diárias para a cobrança de metas e haja o fim das metas para a área operacional e a proibição de descontos de comissões por venda de produtos”, destaca Eugênio Silva, diretor do Sindicato dos Bancários do Ceará.


Os dirigentes sindicais voltaram a insistir na ampliação das atuais 2.500 bolsas para a primeira graduação, hoje no valor de 50% da mensalidade e limitadas a R$ 442,80. Foi discutida também a melhoria da cláusula de igualdade de oportunidades, visando garantir que não haja discriminações de gênero, raça, idade, orientação sexual ou deficiência.


Outras reivindicações dos funcionários do Santander

Os representantes dos trabalhadores defenderam também o atendimento das demais reivindicações da pauta específica, tais como:


• GT sobre Condições de Saúde para debater a existência de um controle nos exames médicos para a caracterização do funcionário como inapto;


• manutenção do plano de saúde na aposentadoria nas mesmas condições quando na ativa;


• realização de eleições democráticas e transparentes no SantanderPrevi;


• PLR para funcionários afastados por licença médica;


• isenção de tarifas e a redução das taxas de juros para funcionários e aposentados;


• auxílio moradia;


• empréstimo de um salário nas férias com desconto em 10 vezes sem juros;


• auxílio academia para todos;


• licença remunerada à mulher vítima da violência;


• mudança nos procedimentos da auditoria interna e externa;


• licença não remunerada para fins de estudo.