Durante a 26ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, que aconteceu no início de junho, em São Paulo, a categoria bancária definiu as reivindicações da Campanha Nacional Unificada. Entre as prioridades apontadas pela categoria estão o reajuste composto pela inflação mais aumento real de 5%, valorização do VA e VR, manutenção dos empregos, igualdade salarial, jornada de 4 dias, fim das metas abusivas, melhores condições de saúde e de trabalho e a defesa dos bancos públicos.
Mas esse processo de construção da nossa campanha começou há algum tempo. A definição da pauta final de negociação começou em abril, com debates em âmbito estadual, conferências regionais e, por fim, a consulta nacional aos bancários.
Quase 47 mil bancários responderam à consulta nacional sobre as prioridades da Campanha. Quando perguntados sobre as prioridades em relação às cláusulas econômicas, a mais citada foi o aumento real nos salários (93%), aumento da PLR (63%), seguido por reajuste diferenciado do VR e VA (51%). Em relação às cláusulas sociais, a resposta mais frequente foi a manutenção dos direitos (70%); seguida do tema emprego (49%); combate ao assédio moral (45%) e jornada de 4 dias (42%). Outro dado que chama muita atenção é o uso de medicamentos controlados, como ansiolíticos, antidepressivos e estimulantes, pela categoria bancária. Mais de um terço dos bancários (39%) respondeu à consulta que utiliza esses medicamentos, o que nos motiva a manter como nossa prioridade a saúde dos bancários, principalmente, a saúde mental. A redução de emprego, somada ao modelo nefasto de cobrança de metas e assédio moral e a alta tecnologia gerou um ambiente propício ao adoecimento da categoria principalmente em doenças mentais e comportamentais.
A defesa do emprego também é uma das nossas prioridades. Nos últimos 10 anos foram extintos cerca de 78 mil empregos e mais de 6 mil agências tradicionais. Assim, é fundamental o aprofundamento da discussão sobre a jornada, regulamentação do sistema financeiro, o impacto das novas tecnologias no emprego bancário, além de inúmeras questões que envolvem condições de trabalho, saúde e outras demandas.
A construção da minuta é um processo coletivo, para garantir a ampla representatividade da categoria. Isso inclui o processo negocial, que é o que vem a seguir. Entregue a pauta, apresentamos um calendário de negociação com os bancos e precisamos mostrar nossa unidade e mobilização. Mais uma vez, isso é fundamental para mantermos as cláusulas conquistadas e avançarmos em novas cláusulas e assim, conquistarmos uma campanha vitoriosa. A sua participação é fundamental. Se envolva, participe das atividades do Sindicato, das assembleias, compartilhe as notícias da campanha com seus colegas, se mobilize. Assim avançaremos, estaremos conectados e juntos somos mais fortes. A Campanha Nacional 2024 está em nossas mãos. #ASuaLutaNosConecta.