Clientes e bancários vivem um verdadeiro caos instalado nas agências

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Veja o que é caos: uma fila de mais de cem metros com pessoas que esperam em média duas horas sob o sol para entrarem na agência e lá aguardarem atendimento. Essa situação virou rotina nas agências da Caixa Econômica Federal. O pior é que a situação não atinge somente Fortaleza, mas várias cidades do Interior do Estado. Denúncias de várias agências chegam ao Sindicato dos Bancários e uma chamou a atenção, a da agência em Quixeramobim, pois a reclamação partiu tanto da população como dos bancários, sobre a superlotação da unidade e a total falta de estrutura para um bom atendimento.


Naquela agência, segundo os denunciantes, o quadro é crônico de problemas que ampliam a insalubridade no ambiente de trabalho e compromete o serviço dos empregados.  Esse é um problema recorrente e que compromete totalmente o trabalho dos funcionários e, consequentemente, o bom atendimento a clientes e usuários.  O grande volume de clientes nas agências e o número insuficiente de bancários transforma a unidade em um verdadeiro caos. Os poucos empregados da agência são sobrecarregados de trabalho para resolver questões de FGTS, Seguro Desemprego, financiamentos da casa própria, penhoras e tantas outras atividades.


Abrir mais agências, no modelo que estão sendo abertas, não é a solução. O Sindicato dos Bancários do Ceará questiona o modelo de abertura de novas agências divulgado pelo banco, que prevê inauguração de agências de pequeno porte, com contingente reduzido de funcionários. Certamente, os empregados dessas novas unidades vão ter muita dificuldade para oferecer um atendimento de qualidade à população, vez que as já existentes estão extremamente lotadas.


“A população tem direito a um atendimento de qualidade e isso consta em lei”, disse o presidente do SEEB/CE, Carlos Eduardo Bezerra. “Os bancários fazem um grande esforço no sentido de atender com rapidez, agilidade e qualidade as pessoas que aguardam na fila, mas é praticamente impossível oferecer essa qualidade diante do grande quantitativo de pessoas e do quadro insuficiente de empregados para atender a demanda”, acrescenta.


A postura do Sindicato é de indignação e garante que vai denunciar todas as vezes que isso se repitir e vai, sobretudo, denunciar esta situação caótica das agências da Caixa Econômica Feral ao Ministério Público do Trabalho, à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego e a todos os órgãos de fiscalização das atividades bancárias.