GT de saúde e condições de trabalho discute retorno e readaptação ao trabalho

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No dia 5/4, o GT de saúde e condições de trabalho do Itaú se reuniu na Contraf-CUT para debater o programa de retorno e readaptação ao trabalho. Desde o seu início, o Grupo de Trabalho prioriza sempre a prevenção das doenças e, portanto, umas das pautas mais importantes é a organização no local de trabalho cujo fator de maior influência é a gestão organizacional. Partindo desse preceito umas das primeiras conquistas desse GT foi a redução das metas do Agir de 12 para 11 meses, em que o trabalhador tem direito a férias de 30 dias.


Embora o banco possua um programa intitulado: “Programa de Readaptação”, o mesmo não contempla todos os itens necessários a um retorno ou “acolhimento” – como o banco chama – suficientes para evitar um novo agravo na situação psicológica e fisiológica dos trabalhadores.


Na ocasião foram destacados pontos importantes para a construção de um programa como esse, entre eles, ter a participação dos trabalhadores através de seus representantes na construção e acompanhamento; os trabalhadores devem sentir-se seguros, e não podem ser demitidos no meio do programa, principalmente por produtividade, pois os mesmos estão com redução da sua capacidade produtiva e, para tanto, é importante que estejam fora de avaliações desse tipo; equipe multidisciplinar; o ambiente deve estar adequado para que sua enfermidade não se agrave e não deve haver nenhum tipo de discriminação ou assédio moral.


O movimento sindical propôs que o banco faça uma campanha de esclarecimento para todos os funcionários sobre essa questão. Após debates ficou acertado que o movimento sindical faria uma contraproposta com relação ao programa de readaptação do banco.

“Muitos funcionários ainda adoecem no Itaú devido a uma gestão agressiva em busca de resultados e que não leva em consideração o lado psicológico e físico dos seus trabalhadores. Estamos cobrando que os bancários nessa situação sejam tratados com dignidade e alertamos que todas as irregularidades devem ser repassadas ao Sindicato para que possamos tomar as providências cabíveis”

Ribamar Pacheco, representante da Fetrafi/NE na COE Itaú