Na quinta rodada de negociação, funcionários do BNB debatem PLR e demais cláusulas econômicas

68

Durante a quinta rodada de negociação com a direção do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), o Comando Nacional dos Bancários, assessorado pela Comissão Nacional dos Funcionários do BNB (CNFBNB), debateu cláusulas econômicas. A reunião aconteceu na manhã desta sexta-feira, 9/8, através de videoconferência.

Com essa reunião, os representantes dos trabalhadores terminaram a apresentação de toda a pauta de reivindicação dos funcionários e cobraram do Banco respostas concretas sobre as reivindicações nas próximas rodadas de negociação. Nesta sexta, 9/8, foram debatidos temas como PLR, plano de funções, reclassificação de agências, além de questionarem os valores das diárias a serviço.

PLR

Consulta realizada com 47 mil bancários em todo o país, apontou aumento real e melhorias na participação dos lucros e resultados como temas prioritários para a categoria na campanha nacional 2024. “Os funcionários do BNB têm uma grande expectativa sobre a PLR. O Banco divulgou o resultado do 1º trimestre de R$ 500 milhões, e nós percebemos que o BNB tem margem para reconhecer a atuação desses funcionários. Estamos cobrando a melhoria do pagamento da PLR em todos os bancos. Precisamos ter esse retorno no reconhecimento ao funcionalismo. Nossa expectativa é avançar nesse tema valorizando os trabalhadores”, destacou o presidente da Fetrafi/NE e representante do Comando Nacional dos Bancários na mesa de negociação com o BNB, Carlos Eduardo.

“A questão da PLR é uma demanda antiga do funcionalismo. Vemos o empenho de todos os funcionários, mas o reconhecimento com o pagamento da PLR fica preso a uma regra que limita essa valorização”, enfatizou o coordenador interino da CNFBNB, Robson Araújo.

A representação dos funcionários ressaltou que, nos últimos acordos, os funcionários do BNB tiveram avanços importantes, mas o limitador ainda é um entrave desagradável e que o funcionalismo não pode permitir que o Banco seja tratado com diferenciação em relação aos demais bancos públicos federais.

O Banco informou que já iniciou conversas com a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST) sobre o tema, mas é necessária autorização do Ministério da Fazenda. A representação do BNB destacou que as tratativas estão andando e a diretoria tem envidado esforços nesse sentido.

Reclassificação de agências

Essa tem sido uma grande preocupação dos funcionários, principalmente quando essa reclassificação é para baixo, porque, muitas vezes, essa queda acontece por situações alheias à atuação das agências e dos bancários, por reavaliação do mercado onde a agência atua e isso tem prejudicado o funcionalismo. “Isso acaba parecendo, para o funcionário, uma punição, pois o funcionário se dedica, bate metas, e mesmo assim, acaba tendo prejuízo na sua remuneração. Por isso, avaliamos que é imprescindível uma reavaliação da metodologia de classificação”, avalia Robson Araújo.

O Banco informou que vem realizando visitas, fazendo avaliações e até realocando agências, mas ficou de analisar o tema e dar um retorno posterior.

A Comissão Nacional dos Funcionários analisa que mudar a estrutura física melhora as condições de trabalho, o que é positivo, mas não soluciona o problema e insiste que esse modelo de reclassificação precisa ser revisto urgentemente pelo Banco.

“É importante uma resposta mais estrutural sobre o tema para que possamos ver a atuação global do Banco sobre isso e atender as demandas sobre reclassificação, pois isso impacta muito o encarreiramento dos funcionários”, destacou Carlos Eduardo.

Plano de Funções

A representação dos funcionários cobrou uma revisão do plano de funções, pois existem diversas distorções no plano atual, tais como: funções do eixo técnico com jornadas diferentes; funções de mesmo nome e mesmas atribuições com remunerações diferentes; funções do eixo negocial erroneamente enquadradas no eixo técnico (mas sem os vários níveis característicos das funções do eixo); diferenças importantes de valores entre as funções da Direção Geral e das demais unidades; gerências médias quase se igualando às de analistas. Muitas distorções que devem ser levadas em consideração e que mostram a necessidade de uma revisão geral para regularizar essas situações.

O Banco fez uma apresentação sobre o plano de funções e informou que compreende que há imperfeições, que devem ser analisadas pela direção da instituição. Os funcionários enfatizaram que estão à disposição do Banco para debater soluções que possam sanar definitivamente as distorções apontadas.

Diárias a serviço e treinamento

A CNFBNB cobrou que seja refeita a metodologia de reajustes para que as diárias a serviço cubram realmente os gastos dos bancários. Segundo a representação dos funcionários, as diárias estão muito defasadas e precisam ser revistas. É urgente uma revisão de fato desses valores para que estes sejam condizentes às necessidades dos trabalhadores. O Banco aproveitou para anunciar o reajuste das diárias no patamar de 8,33%. A Comissão considera que, apesar do reajuste ser uma resposta positiva, é preciso reavaliar os valores das diárias, que mesmo com o reajuste ainda são insuficientes. “A essência do nosso pedido é uma questão de enquadramento. A divisão de custo que separa o sudeste das demais capitais causa transtornos aqueles que tem de se deslocar para esses locais, pois os valores estão muito abaixo do que é praticado no mercado. É preciso um estudo para alterar o enquadramento dessa tabela, pois os custos cresceram demasiadamente, sobretudo depois da pandemia”, enfatizou Carlos Eduardo.

O Banco ficou de analisar.

Avanço na igualdade e diversidade

Em resposta às reivindicações dos funcionários em relação à igualdade e diversidade, o Banco anunciou uma bonificação de 17% no quesito “experiência profissional” para mulheres. O quesito é um dos mais importantes na avaliação do Promova-se e a mudança permitirá o atingimento da paridade entre homens e mulheres em todas as concorrências. “Essa é uma devolutiva muito positiva para as mulheres, pois aumenta o empoderamento das mulheres e potencializa o encarreiramento em comparação aos homens”, destacou a representante do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carmen Araújo.

Próxima reunião

Na próxima sexta-feira, dia 16/8, acontece uma nova rodada de negociação com o Banco, na sede administrativa do BNB do Passaré, em Fortaleza, a partir das 10h. Os trabalhadores aguardam respostas às reivindicações.

Fonte: SEEB/CE

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here