Trabalhadores fazem manifestação em defesa dos juros baixos

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Contrair um empréstimo financeiro, fazer um financiamento de um veículo ou de um imóvel está muito caro atualmente no Brasil. A Selic determina a taxa de juros cobrada nas operações de empréstimos. Porém, em vez de as instituições financeiras se basearem na taxa Selic para a cobrança de juros, elas cobram além dela. Assim quanto maior a Selic, maior serão os juros cobrados. Hoje a taxa é de 10,50%, a segunda maior do mundo enquanto a inflação neste ano está em 2,48%. Nos últimos 12 meses fechou em 4,45%.

Os juros altos empobrecem e endividam as famílias e, também, prejudicam os empresários que querem expandir seus negócios e até mesmo abrir novas vagas de emprego.

Por essa e outras razões que as centrais sindicais realizaram nesta terça-feira, dia 30/7, um protesto contra os juros altos mantidos pelo Banco Central, em um dia nacional de luta em todo o país. A data foi escolhida por ser o primeiro dia de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que define a taxa de juros do país a cada 45 dias.


Em Fortaleza, estivemos, durante a manhã, em frente a sede do Banco Central, no centro da cidade, juntamente com trabalhadores de diversas categorias e centrais sindicais, além de estudantes e membros de vários movimentos sociais para cobrar a redução da taxa de juros para gerar mais empregos, mais investimentos no campo social, na educação, na saúde e com melhores condições de crédito para construirmos uma sociedade mais justa para todos.

A categoria bancária também se fez presente nessa luta. Os bancários têm histórico em ações para chamar a atenção da sociedade sobre a relação da Selic com o desempenho econômico do país. Desde o ano passado, voltamos a reforçar a pauta, juntando forças com outros movimentos sociais contra a política do Banco Central que insiste numa taxa de juros elevadíssima, que em nada contribui para o desenvolvimento e o crescimento econômico.

O Banco Central está impondo uma taxa de juros que dificulta o crescimento econômico no país. A Selic alta, além de aumentar a dívida do governo com os títulos públicos, torna o crédito mais caro aos setores produtivos, que deixam de investir e, portanto, gerar empregos. A Selic elevada também induz ao aumento dos juros bancários, impactando no aumento da dívida das famílias.

No último encontro para definir a Selic, em junho, ao manter o índice em 10,5%, o Copom rompeu com o ciclo de cortes que vinha ocorrendo desde agosto de 2023, quando a taxa básica ficou em 13,75% durante um ano. Ciclo de cortes estes que só foi implementado após intensa pressão de movimentos sociais e críticas do setor produtivo e do presidente Lula. Agora, a indicação que vem sendo feita pela entidade monetária é a de que manterá a Selic em 10,5% até o final de 2024.

#JurosBaixosJá!

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