1995: Tasso começa sua investida para privatizar o BEC

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O ano de 1995 foi o primeiro de tentativa de privatização do BEC. Em janeiro, os becistas criaram o Comitê de Defesa do BEC, que reunia entidades que lutavam contra a privatização do banco. Várias manifestações e cartas de repúdio foram organizadas pelos becistas.

Ainda em janeiro, foi anunciado pelo Governo o fechamento de 400 agências de bancos públicos. O dia 27/4 foi definido pela CUT como o Dia Nacional de Luta Contra as Reformas Neoliberais de FHC. Funcionários da CEF e no BNB fizeram ato para protestar contra o arrocho salarial, as medidas econômicas e a reforma constitucional proposta pelo Governo.
Os ataques aos bancos públicos e o alto número de demissões nos bancos privados anteciparam a luta da Campanha Salarial de 1995, marcada pelo combate ao neoliberalismo. A principal reivindicação foi pelo reajuste de 48,67% acumulado entre setembro de 94 e agosto de 95. Em setembro, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) respondeu às reivindicações bancárias com um reajuste de 35% para o piso e de 27% para os demais salários, proposta que foi aceita pelos bancários.

O mês de outubro foi marcado por paralisações nacionais dos bancos federais. 85% dos funcionários da CEF de Fortaleza aderiram à greve. A CEF pretendia pagar um reajuste de 20,94%. Muitas vitórias foram conseguidas com a greve, mas o reajuste permaneceu o mesmo.