1998: Lula recebe apoio de 71% dos bancários

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Uma assembléia no Sindicato dos Bancários do Ceará aprovou com unanimidade apoio à candidatura de Lula nas eleições para Presidente de 1998, por os bancários entenderem “que o projeto dos partidos de esquerda tem soluções concretas para resolver a crise na oferta de empregos”. Em eleição simulada nos bancos, em setembro, 71% dos bancários optaram por Lula na Presidência.

Com o objetivo de evitar que o rombo de bancos estaduais, como o BEC, prejudicasse a campanha de FHC e de seus aliados, como Tasso Jereissati, o Governo FHC prorrogou para novembro (após 1º turno das eleições) o Programa de Incentivo à Redução da Participação do Setor Público Estadual na Atividade bancária (Proes). Na prática, isso significava a federalização dos bancos estaduais e, posteriormente, a privatização deles.

Reajuste zero para os bancários. Essa foi a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) em negociação com a categoria em setembro. A pretensão dos banqueiros era de dar apenas um abono de R$ 700,00. Em novembro, os bancos privados decidiram entrar em greve contra o aumento da carga-horária de seis para oito horas diárias, além do corte de direitos como o anuênio.

O próximo Túnel do Tempo relembrará as Caravanas da Solidariedade culturais organizadas pelo Sindicato em mais de 100 cidades cearenses. As caravanas denunciavam as privatizações que ocorreram nos anos de 98, 99 e 2000.