8ª Marcha da Classe Trabalhadora reúne mais de 40 mil

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Mais de 40 mil pessoas acompanharam na quarta-feira, dia 9/4, a 8ª Marcha da Classe Trabalhadora, em São Paulo. Após concentração na Praça da Sé, os participantes tomaram as ruas do Centro da cidade, animados por seis carros de som, e andaram até o vão livre do Masp, na Avenida Paulista, onde foi realizado um grande ato político, com o pronunciamento dos presidentes da CUT, CGTB, CTB, Força Sindical, Nova Central e UGT. O Sindicato dos Bancários do Ceará participou da Marcha.


A marcha foi um ato unitário organizado conjuntamente pelas seis centrais sindicais para pressionar o Executivo e o Congresso Nacional (Câmara e Senado) a retomar negociações da pauta dos trabalhadores. Absolutamente sindical, a marcha falou da pauta da classe trabalhadora, que será entregue novamente ao governo, ao Legislativo, ao Judiciário. A pauta avançou muito pouco, praticamente ficou estagnada.


Exemplo de mobilização – A marcha foi um exemplo de mobilização, organização e respeito à democracia para todo o Brasil. Os trabalhadores das centrais sindicais foram às ruas de cara limpa, de forma pacífica e ordeira, lutar por seus direitos. Durante quase cinco horas de marcha não houve nenhum incidente, nenhuma briga ou problema relativo à segurança registrado entre os manifestantes e no percurso da manifestação.


“Foi uma manifestação ordeira e com ela, mais uma vez, o movimento sindical mostra que é possível fazer atos, protestos e manifestações de massa sem depredação. Não viramos carros, não invadimos nem depredamos lojas, nem quebramos nada. Defendemos nossos direitos, respeitando a democracia”

Carlos Eduardo Bezerra, presidente do SEEB/CE


Pauta dos Trabalhadores


Entre as principais reivindicações estão:


• Igualdade de oportunidades entre homens e mulheres;


• Redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais;


• Fim do fator previdenciário;


• Manutenção da política de valorização do salário mínimo;


• Correção da tabela do Imposto de Renda;


• Distribuição de 10% do PIB para a educação e 10% do orçamento da União para a saúde;


• Adoção das Convenções 151 (direito de greve e negociação coletiva no setor público) e 158 (contra a demissão imotivada) da Organização Internacional do Trabalho (OIT);


• Arquivamento do Projeto de Lei 4330, do deputado e empresário Sandro Mabel (PMDB-GO), sobre terceirização, para retomar as negociações.