Comando Nacional termina discussão da pauta com Fenaban e aguarda resposta das reivindicações

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Mais saúde, mais segurança e melhores condições de trabalho. Estes foram os temas das reivindicações apresentadas pelo Comando Nacional dos Bancários para a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), nos dias 18 e 19/8, em São Paulo, na primeira rodada de negociação da Campanha Nacional 2016, marcando a apresentação total da minuta da categoria aos bancos.


A categoria vive com um ambiente de trabalho adoecedor, desgastando a sua saúde física e mental ao longo de jornadas de trabalho extenuantes, sem pausas para descanso, com metas inalcançáveis e cada vez mais crescentes, convivendo com riscos de assaltos e sequestros e tendo de dar conta de inúmeras tarefas.


Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários, explica que os 128 artigos que integram a minuta da categoria já estão com os bancos desde a entrega da pauta, em 9 de agosto. Os trabalhadores esperam que a Fenaban não postergue as negociações e apresente propostas que contemplem as demandas dos trabalhadores o quanto antes.


“Os bancos conhecem muito bem nossa minuta e queremos que apresentem suas propostas objetivamente, já que esgotamos o período de esclarecimentos e debates. Esta é a expectativa dos bancários e das bancárias. Chegou a hora do reconhecimento do nosso valor”, afirma.


Calendário de negociação


  • Fenaban – dias 24/8 e 29/8

  • Banco do Brasil – 23/8

  • Caixa Econômica Federal – 24/8

  • Banco do Nordeste do Brasil – 25/8


Principais reivindicações


  • Reajuste salarial: 14,78% (incluindo reposição da inflação mais 5% de aumento real)

     

  • PLR: 3 salários mais R$8.317,90

     

  • Piso: R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).

     

  • Vale alimentação no valor de R$880,00 ao mês (valor do salário mínimo)

     

  • Vale refeição no valor de R$880,00 ao mês

     

  • 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880,00 ao mês.

     

  • Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.

     

  • Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.

     

  • Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.

     

  • Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

     

  • Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.

     

  • Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs).