Bancários se reúnem com a direção do banco e exigem respeito

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No dia 28/11, representantes das entidades sindicais e Afubesp se reuniram com o vice-presidente sênior do Santander, responsável pela área de Recursos Humanos, para discutir os problemas de emprego.  Os trabalhadores reivindicaram o fim das demissões, da rotatividade e das terceirizações, bem como mais contratações de funcionários, a fim de melhorar as condições de trabalho, evitar o adoecimento de funcionários e buscar atendimento de qualidade aos clientes.


Em reunião do Comitê de Relações Trabalhistas (CRT), a Contraf-CUT, federações e sindicatos criticaram as mudanças unilaterais no plano de saúde dos funcionários e aposentados, à exceção da Cabesp, e cobraram alterações do Santander para preservar os direitos dos trabalhadores. Houve também discussões sobre demissões, homologações por prepostos terceirizados e metas para caixas, dentre outros assuntos.


O banco ficou de apresentar datas para novas reuniões até o dia 6/12, quando dará respostas aos questionamentos dos bancários.


“Mais uma vez, os bancários saíram frustrados das negociações, pois o Santander não trouxe avanços. Precisamos intensificar a mobilização em todo País para que o banco atenda as reivindicações dos trabalhadores e respeite o Brasil e os brasileiros”, avalia o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.


Alterações nos planos de saúde – O banco vai alterar a forma de cobrança dos planos de saúde, à exceção da Cabesp. Atualmente os valores são definidos com base na faixa salarial. A partir de janeiro de 2014, as contribuições serão calculadas com base na faixa etária. Essas alterações unilaterais encarecerão os planos para os funcionários na ativa e praticamente inviabilizarão a manutenção do convênio para os aposentados.


Metas para caixas – Um dos maiores problemas enfrentados pelos funcionários das agências é a cobrança por metas. Após muitos anos de pressão dos dirigentes sindicais, o Santander divulgou em julho um comunicado para toda a rede de agências orientando que o caixa não pode ser cobrado pelo cumprimento de metas de venda de produtos.


O Santander insiste em seguir terceirizando as homologações nos sindicatos. Os dirigentes sindicais denunciaram ainda que o banco cortou em novembro o pagamento de adicional de periculosidade de funcionários lotados em agências e postos. A Contraf-CUT fará um levantamento junto aos sindicatos para identificar todos as unidades atingidas e orientar a emissão de laudos técnicos sobre o assunto, buscando retomar o pagamento.