Sindicalistas pedem agilidade na tramitação da pauta dos trabalhadores no Congresso

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O presidente da República em exercício, deputado federal Marco Maia (PT/RS), recebeu na terça-feira (27/3), em Brasília, representantes da CUT e das demais centrais sindicais para discutir o andamento da pauta de reivindicações dos trabalhadores no Congresso Nacional.


Maia, que é presidente da Câmara, está ocupando a Presidência da República porque a presidenta Dilma Rousseff viajou para a Índia, onde participa da 4ª Reunião do Brics (grupo que reúne o Brasil, a Rússia, Índia, China e África do Sul) e o vice-presidente Michel Temer está na Coreia do Sul representando o Brasil na 2ª Cúpula de Segurança Nuclear.


Na audiência com Maia, os sindicalistas pediram empenho na agilização da tramitação da pauta dos trabalhadores na Câmara dos Deputados, especialmente, quanto a itens como o fim do fator previdenciário, a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salário e a isenção de imposto de renda sobre a PLR (Participação nos Lucros e Resultados). O tema desindustrialização também foi discutido.


Sobre a isenção de IR na PLR, todos concordaram que é preciso continuar com as negociações com a equipe econômica, como determinou a presidenta. No dia 15/3, quando recebeu a pauta dos trabalhadores da CUT e das demais centrais, Dilma demonstrou simpatia com relação a essa reivindicação e pediu estudos ao ministro da Fazenda Guido Mantega que, inclusive, já realizou a primeira reunião com os representantes dos trabalhadores. Mantega ficou de dar uma resposta em 15 dias.


Quanto à redução de jornada, Maia deve criar uma comissão de deputados para estudar a reivindicação e tentar uma proposta de consenso.


O secretário de Finanças da CUT, Vagner Freitas, disse ao presidente em exercício que ele pode passar para a história como o presidente da Casa que negociou a redução de jornada. “É um legado que o deputado pode deixar e deixei isso claro para ele”.