Reestruturação gera tensão entre empregados

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A implantação do novo modelo de gestão anunciada pela direção da Caixa está criando um clima de grande tensão e insegurança entre os empregados, diante das dúvidas e incertezas quanto ao futuro profissional de cada um. A situação já era de intranqüilidade com as mudanças nas vice-presidências, uma vez que houve muitas trocas de áreas e de formas de atuação. Segundo a Caixa, as diretorias (com exceção da Diretoria Jurídica) serão extintas, com a conseqüente destituição dos titulares dos cargos. Também serão destituídos os superintendentes nacionais e criados os novos cargos com a nomeação dos novos titulares. “Nós do Sindicato estamos em alerta, acompanhando tudo com relação às mudanças. Não vamos permitir que os trabalhadores sejam prejudicados pela reestruturação da empresa”, disse Marcos Saraiva, presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará.


Nas dependências, o que mais gera temor é um possível efeito cascata para acomodar os que perderem as funções. “As pessoas não sabem para onde vão. A Caixa precisa conversar mais com seus trabalhadores. É obrigação da diretoria da Caixa acabar com essa insegurança.


É importante lembrar que trata-se com pessoas, que têm seus compromissos, suas famílias para sustentar, toda uma vida estruturada e que, dada a precariedade da situação nas funções, passam por um processo de estresse que prejudica a sua saúde e o próprio desempenho profissional.


Na reunião que manteve na semana passada com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), com os sindicatos e com a Fenae para apresentar o novo modelo de gestão, a direção da Caixa assegurou que não haveria perdas para os trabalhadores, inclusive salariais. Segundo a empresa, eventuais remanejamentos ou perdas de funções não significarão a retirada das respectivas verbas salariais.