A CUT e o desenvolvimento nacional

85

Artur Henrique – Presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) esteve – em Fortaleza – no dia 18 de abril e fez uma excelente exposição para os sindicalistas cearenses sobre a posição da CUT diante dos desafios do segundo governo Lula e a busca do desenvolvimento nacional como desafio e meta não só do Poder Executivo, mas da sociedade como um todo. Em sua fala, o presidente da CUT reconheceu pontos positivos no lançamento do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) e levantou pontos a serem corrigidos.


Reafirmar a autonomia da Central diante do governo e, principalmente, pressioná-lo no rumo do desenvolvimento que interesse aos trabalhadores – é a palavra de ordem. Destacou, então, o presidente da CUT os seguintes pontos a serem alterados: I – retirada do atual mecanismo de limitação das despesas com funcionalismo para cada um dos poderes da União e sua discussão na mesa nacional de negociação permanente; II – ampliação e democratização do Conselho Monetário Nacional; III – fim da independência do Banco Central em relação às políticas de desenvolvimento do Governo Lula; IV – fixação de metas de emprego e formalização do trabalho; V – participação das centrais sindicais no comitê gestor para acompanhamento dos projetos de investimento e de concessões de incentivos fiscais; VI – inclusão de metas para as políticas sociais que contribuam para acelerar o crescimento e o emprego; VII – além do investimento público e do setor produtivo, é necessário criar mecanismos que exijam a participação dos bancos privados no investimento em obras de infra-estrutura; a mobilização em curso desenvolvida pela CUT e seus sindicatos deverá ser fortalecida. Os bancários devem ser parte desta mobilização. Os bancos têm uma dívida enorme: para com os bancários e para com a sociedade em geral. É hora do início do resgate desta dívida.

Em Tempo: A permanência de Guido Mantega e Dilma Roussef e agora a indicação de Luciano Coutinho para o BNDES reforça o time dos desenvolvimentistas que ainda provavelmente contará com Roberto Mangabeira Unger no alto escalão do Governo Lula.