A LUTA CONTINUA!

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A maioria dos eleitores brasileiros acaba de entregar a presidência da República para alguém que, agora e ao longo de sua carreira política, sempre votou contra os direitos da classe trabalhadora, se opôs às políticas sociais, votou a favor do congelamento dos investimentos em saúde e educação, da entrega do pré-sal e das reservas petrolíferas aos estrangeiros ofendeu e ameaçou militantes de esquerda, as mulheres, os negros, os LGBTs e os nordestinos.


Ao longo da campanha eleitoral, os meios de comunicação foram utilizados diuturnamente para atacar a candidatura popular. Os empresários pressionaram seus funcionários com todo tipo de ameaças. O nome de Deus foi usado em vão. As redes sociais foram inundadas de mentiras, com notícias falsas, numa estratégia articulada e paga por empresas com o objetivo de difamar o candidato da esquerda.


O sistema judiciário manifestou fraqueza e conivência ao não punir exemplarmente aqueles que ameaçaram abertamente as instituições ou cometeram crime eleitoral. A impunidade contribuiu para o aumento de atos de intimidação e violência contra eleitores e para o crescente clima de ódio que dividiu o país.


Enganam-se aqueles que acham que destruiriam nossa capacidade de resistência e de luta. Os movimentos sociais organizados saíram mais fortes desse processo como a principal força de oposição ao governo de recorte neoliberal e neofascista.


A ordem é manter a classe trabalhadora unida, preparando-a para a luta, nas ruas, nos locais de trabalho, nas fábricas e no campo contra a retirada de direitos e em defesa da democracia.


O governo que tomará posse no dia 1º de janeiro de 2019 vai tentar aprofundar o programa neoliberal que está em curso desde o golpe de 2016: a reforma da previdência, a retirada de mais direitos, a continuidade das privatizações, o aumento do desemprego, o arrocho salarial, o aumento do custo de vida, a piora da educação e da saúde, o aumento da violência e da insegurança.


Além disso, vai tentar perseguir e reprimir o movimento sindical, os movimentos sociais, bem como os setores democráticos e populares em geral.


Temos um enorme desafio pela frente. É hora de unidade das forças democrático-populares para resistir. Daremos continuidade a nossa trajetória de luta e conclamamos a categoria a continuar mobilizada e a resistir a qualquer ataque contra os direitos e a democracia.


Agora mais do que nunca lutar e resistir!