Tempos Difíceis – De 1964 a 1985 perdurava no Brasil o regime militar, caracterizado pela falta de democracia, supressão dos direitos constitucionais, perseguição política, repressão, censura e tortura. Porém, no final da década de 1970 e meados dos anos 1980, inicia-se no País um amplo processo de reestruturação da sociedade. Este período registra, ao mesmo tempo, o enfraquecimento da ditadura e a reorganização de inúmeros setores da sociedade civil, que voltam aos poucos a se expressar e a se manifestar publicamente, dando início ao processo de redemocratização.
Surge a CUT – Neste cenário de profundas transformações políticas, econômicas e culturais, protagonizadas essencialmente pelos movimentos sociais, surge o chamado “novo sindicalismo”, a partir da retomada do processo de mobilização da classe trabalhadora. Estas lutas, lideradas pelas direções sindicais contrárias ao sindicalismo oficial corporativo, há muito estagnado, deram origem à Central Única dos Trabalhadores, resultado da luta de décadas de trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade pela criação de uma entidade única que os representasse.
Desde sua fundação há 25 anos, a CUT tem atuação fundamental na disputa da hegemonia e nas transformações ocorridas no cenário político, econômico e social ao longo da história brasileira, latino-americana e mundial.
No Ceará – Em comemoração aos 25 anos da CUT, a Central Única dos Trabalhadores do Ceará promoveu na última quarta-feira, dia 27/8, um coquetel fazendo, na ocasião, homenagem aos companheiros que fizeram e fazem parte da história da Central, no Estado. A solenidade contou com a presença de ex-presidentes da CUT/CE, que receberam placas alusivas à data. Na mesma solenidade foi feita inauguração da Galeria dos Presidentes.
O presidente da CUT/CE, Jerônimo do Nascimento falou sobre a importância da data – “ao longo desses anos, a CUT mobiliza milhões de brasileiros levantando e defendendo suas bandeiras e resgatando seus valores. A maior Central Sindical do País e da América Latina luta em defesa dos trabalhadores e no auge dos seus 25 anos, nós temos orgulho de ser cutistas,” destaca Jerônimo.