O banco ABN/Real prepara sua proposta para o Programa de Participação nos Resultados (PPR) de 2007. Os bancários estão preocupados porque a intenção do banco é implantar o PPR em agosto, com pagamento para o dia 25. Além disso, a proposta foi elaborada unilateralmente pelo banco, sem discussão com os representantes legítimos dos trabalhadores, uma vez que o banco insiste em indicar os bancários que participarão das negociações.
Não faltam argumentos e justificativas para a mudança no programa: os lucros e os resultados do banco aumentaram espetacularmente em 2006, fruto da dedicação, do empenho e do profissionalismo dos bancários. Mas, até hoje, o PPR não aumentou na mesma proporção, para a grande maioria dos funcionários. Um exemplo é o PPR de 2006, que concentrou o pagamento de 70% dos R$ 364 milhões para menos de 28% dos funcionários. Por isso, a Contraf-CUT insiste na necessidade de alteração do programa de 2007, contemplando assim, todos os funcionários, principalmente para aqueles com grades de 2 a 11.
Até hoje, os acordos de PPR 2005 e 2006 não foram aprovados e, muito menos, assinados pelos sindicatos, pois não houve processo de negociação e discussão sobre o pagamento dos valores dos referidos planos, o que deixa o ABN sujeito a autuação e multa pela Receita Federal e o INSS.
Diálogo – Como alternativa para a eleição da comissão de funcionários, a Contraf-CUT exige um acordo coletivo entre o banco e os sindicatos, como também prevê a lei ordinária 10.101/2000.
Outras reivindicações – Além do PPR 2007, os bancários do ABN também querem negociar outras reivindicações (emprego, salários, convênio médico, saúde e condições de trabalho).