ABN/Real: funcionários ganham isenção de tarifas e querem derrotar 2×1

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O dia 20 de junho foi escolhido nacionalmente como o dia de luta no ABN/Real. A leitura de um manifesto denunciou a implantação de dois projetos que prejudicam os funcionários do banco: o ARTE e o 2×1. No Ceará, a manifestação ocorreu na agência da Floriano Peixoto, no Centro, e contou com a presença de vários diretores do Sindicato dos Bancários.

Segundo o diretor e funcionário do ABN/Real, Eugênio Silva, “os dois projetos foram implantados sem discussão com os representantes dos funcionários, tanto é que o banco já agendou uma reunião no dia 30/6 para discutir os projetos e outras reivindicações, solicitadas pelos funcionários”.

Os diretores denunciaram o descaso do ABN/Real com seus funcionários. Dentro da agência, foi feita a leitura do manifesto. Na ocasião, os clientes foram informados sobre a lei das filas (estadual), que limita o período de permanência do cliente na fila em 30 minutos em dias de pico e a 15 em dias normais. Também foi informado que, desde 1º/6, todo funcionário desse banco está isento de tarifas. Essa vitória foi fruto de mobilizações dos sindicatos e de negociações entre a COE/Contraf e a direção do banco.

O Projeto ARTE (Ação, Resultado, Tenacidade e Excelência) define metas que devem ser atingidas pelos funcionários do banco. Segundo o manifesto, “o ARTE utiliza uma metodologia americana de estratégia de vendas de produtos e serviços para explorar e assediar moralmente os bancários”.

O Projeto 2×1 pretende tornar um gerente operacional responsável por duas agências de pequeno ou médio porte. O manifesto afirma que, “além de sobrecarregar funcionários, o banco ainda achata a remuneração de todos os bancários da agência, diminuindo as perspectivas de ascensão social”.