Na última sexta-feira, dia 5/9, foi realizada, em Brasília, a primeira rodada de negociação específica da Campanha Salarial entre o Comando Nacional dos Bancários, assessorado pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Contraf/CUT, e a Caixa Econômica Federal. O debate teve início com um apelo feito pelos trabalhadores para que o processo de negociação deste ano seja menos turbulento que o do ano anterior, em que a empresa mostrou-se intransigente na mesa, culminando com a greve dos empregados sob a ameaça de ajuizamento de dissídio no TST.
No início da reunião, foi entregue à Caixa a solicitação de prorrogação do Acordo 2007/2008 até a conclusão das negociações atuais. A Caixa concordou em prorrogá-lo até 30/9, e, caso seja necessário, haverá uma nova prorrogação. Foram apresentados ainda os eixos específicos aprovados no 24º Conecef, que sintetizam a pauta de reivindicações, e uma proposta de calendário, aceita pela Caixa, para o debate de cada um deles: 12/9 – plano de cargos e carreiras e isonomia para todos; 19/9 – auxílio e cesta-alimentação para todos aposentados e pensionistas, jornada de 6h pra todos e contratação de pessoal; 26/9 – democratização da gestão e recomposição do poder de compra dos salários.
Para o PCC, foi proposta uma reformulação, que é estabelecer um processo semelhante ao ocorrido em 2007 com o PCS. E que ocorra dentro de um prazo pré-estabelecido para que seja possível propor mudanças que contemplem os interesses dos empregados. Além da preocupação com a equiparação de todos os direitos entre os trabalhadores novos e antigos, ainda é necessário conquistarmos a licença-prêmio e o adicional de tempo de serviço, discutir a equiparação dos mercados B e C com o A e da filiais 2 e 3 com as nível 1, e também a manutenção do salário integral e os cargos para os empregados que se afastam por motivo de saúde.
Mais contratação – Outro tema é a contratação de empregados. Atualmente, há 78.172 funcionários na Caixa, de um total autorizado pelo Ministério da Fazenda de 78.524 pessoas, mas este número é insuficiente, tendo em vista o aumento de atribuições assumidas pela empresa nos últimos anos. Já a democratização da gestão é uma reivindicação antiga e se concretiza com a eleição pelos empregados de um representante no Conselho de Administração e outro no Conselho Diretor da Caixa.
Reg/Replan – Foi formalizado um protesto em relação à declaração feita recentemente pela presidente Maria Fernanda, de que a Caixa tem intenção de retirar o patrocínio do Reg/Replan não saldado. O banco informou que ainda será feito um estudo sobre as condições técnicas e jurídicas que possam oferecer uma alternativa aos empregados.
Comissão dos critérios avaliação do PCS – Foi proposta, e aceita pela Caixa, a prorrogação dos trabalhos até o dia 25/9.