Os serviços prestados no dia-a-dia, dos mais simples aos que demandam uma maior capacidade tecnológica, denunciam os seus rastros no meio ambiente, o que se denomina pegada ecológica. Cada ato tem um reflexo ambiental e o lado prejudicial disso vem se destacando nos últimos anos. Contudo, uma reflexão e uma ação ponderada poderiam atenuar ou, até mesmo, evitar esses danos. Percebemo-os, no entanto, muito tarde.
Podemos observar o exemplo da água. Recurso bastante utilizado no cotidiano, ela serve para o banho, escovação dos dentes, lavagem de carro e roupa, além do preparo da comida. Logo, o seu uso está atrelado às necessidades diárias de cada indivíduo. Um banho mais demorado e uma torneira ligada por bastante tempo são atitudes que denotam o desperdício desse recurso ambiental. A esse desperdício, uma pegada ecológica excessiva.
O caso da energia elétrica é interessante. Ela não é vital às necessidades primárias do homem – as responsáveis por sua sobrevivência (alimentação, vestuário, moradia, saúde, entre outras). Porém, as facilidades promovidas por esse recurso terminam por estimular o seu consumo. Grande parte dos domicílios, mundo afora, consome essa forma de energia. Ela é quem faz funcionar luzes, eletrodomésticos, aparelhos de som, TVs, ar-condicionados e aquecedores. Hoje, possuir esses aparelhos em casa é uma obrigatoriedade.
No mundo moderno, há uma difusão da ilusão de que todos podem ser iguais se tiverem os mesmos produtos. Por serem descartáveis, tornam-se rapidamente obsoletos e ultrapassados. Devem, pois, ser substituídos. Assim, inicia-se um novo ciclo e a cultura do consumo é perpetuada.
Cada um é responsável pela pegada ecológica impressa por sua comunidade, estado, ou país. Devemos assumir um compromisso ao bem coletivo, pois o mesmo promoverá o bem individual. Viver descompromissadamente é pagar um preço muito alto para o planeta, para a humanidade e para as gerações futuras.