Agência Aldeota paralisada em defesa dos empregos e contra o assédio moral

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Durante todo o dia 31/5, as atividades na agência Aldeota do HSBC, em Fortaleza, estiveram paralisadas. A iniciativa fez parte de um Dia Nacional de Luta e contou com a adesão dos trabalhadores que protestaram contra as demissões, retirada de conquistas específicas do funcionalismo do HSBC e assédio moral.


“Essa agência está paralisada hoje, por 24 horas, principalmente em defesa do emprego dos companheiros. Quando da aquisição do HSBC pelo Bradesco, nos foi prometido que o banco iria manter os empregos, mas o que vimos até agora foi a demissão sumária de muitos colegas. Para quem fica, além do medo de ser o próximo a ser descartado, fica ainda a pressão e a cobrança por metas cada vez mais abusivas, o que vem adoecendo o corpo funcional. Muitos já estão à base de remédio tarja preta”, avaliou o diretor do Sindicato e funcionário do HSBC, Humberto Simão.


O dirigente destacou que, além da manutenção dos empregos, os funcionários querem garantir algumas conquistas específicas como as duas operadoras de plano de saúde (SulAmérica e Unimed), as férias parceladas e a bolsa educação.


“Mais uma vez, a classe trabalhadora está pagando uma conta que não é sua. Esse banco vai ser incorporado ao Bradesco, cheio de promessas, cheio de compromissos, que não iria mexer no quadro funcional, que iria manter os direitos dos trabalhadores, e nós do Sindicato, que temos acompanhado várias incorporações ao longo desse tempo, sabemos que, na prática, as coisas não acontecem exatamente como os banqueiros dizem. Muitas promessas, e na hora de cumprir, vem a rasteira para o bancário – demissões, transferências, perdas de direitos adquiridos. Nós, aqui no HSBC, estamos unidos, e não vamos aceitar que o que foi prometido em mesa de negociação não seja cumprido”, alertou o diretor do Sindicato e funcionário do Itaú, Alex Citó.