Os bandidos, que usaram um carro com placa de São Paulo, renderam os funcionários e efetuaram disparos no interior da agência. Dois bancários foram feitos refém e levados durante a fuga, sendo liberados depois em uma localidade próxima da cidade. Os assaltantes também renderam o pároco da cidade e levaram seu carro durante a fuga. O carro do padre foi abandonado na localidade de Zorra, no município de Mombaça e os assaltantes fugiram pela mata. A quantia levada pelos bandidos não foi divulgada e nenhum dos assaltantes foi preso.
Esse já é o sétimo assalto a agências do BB no Interior. Somente nesse ano, já foram 11 bancos assaltados. Bosco Mota, diretor do SEEB/CE, analisa que a situação está cada vez mais difícil para os funcionários do BB. Os bancários levam uma rotina de medo e não veem uma atuação efetiva por parte do Estado.
“É preciso cobrar do governo estadual ações para melhorar a segurança pública. O que a sociedade vê é a polícia sempre perdendo para os bandidos. Isso aumenta ainda mais o número de assaltos, porque, se a polícia não atua, as quadrilhas ficam à vontade para atuar. É uma ineficiência do Estado”, disse Bosco Mota.
ROTINA – Os assaltos às agências do Banco do Brasil já viraram rotina. No mês de maio, a unidade de Orós foi atacada por assaltantes que, além de levarem dinheiro, agrediram clientes e funcionários. Além de Orós, as agências do BB de Saboeiro, Nova Russas, Banabuiú e Pedra Branca foram assaltadas em 2010.
Diante dessa realidade, o Sindicato dos Bancários do Ceará está alerta e reivindica que os bancos não apenas cumpram a lei de segurança nas agências, mas instalem detectores de metais antes dos caixas eletrônicos e coloquem vidros à prova de bala. Bosco Mota lembra a importância de um programa de proteção à saúde e à vida do trabalhador bancário. Também destaca a necessidade de acompanhamento ao funcionário vítima da insegurança.