Agência Terra da Luz tem apenas um avaliador de penhor

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O Sindicato dos Bancários do Ceará recebeu, mais uma vez, denúncias a respeito das más condições de trabalho enfrentadas pelos avaliadores de penhor da Caixa Econômica Federal.


Como se não bastasse a precarização de instrumentos necessários ao próprio serviço de avaliador, agora essa parcela dos empregados da Caixa sofre com a distribuição destoante nas unidades que oferecem o serviço. Enquanto na Agência Pessoa Anta estão lotados nove avaliadores; na Agência Bezerra de Menezes há seis; enquanto que na Agência Terra Luz, localizada na Av. Pontes Vieira, em área nobre e de grande confluência, há apenas um único avaliador, precarizando o atendimento. “Por ser uma operação de exclusividade da Caixa, o serviço de Empréstimos Sob Penhores deveria apresentar um compromisso maior com o público”, analisa o diretor do Sindicato, Áureo Júnior.


O caso do setor de Avaliação de Penhor da Terra da Luz piorou no início de julho, quando o avaliador titular precisou entrar de licença-médica: o Penhor simplesmente não funcionou durante toda uma semana causando desconforto aos clientes que tiveram que procurar atendimento nas outras unidades. Tudo porque o avaliador deslocado para a Terra da Luz não teve a liberação da senha para trabalhar com avaliação de jóias, mesmo este sendo um procedimento rotineiro desde 2009, quando o Penhor da unidade foi aberto.


Entretanto, esse é um caso extremo, pois em eventualidades de atrasos, ausências permitidas (Apips), even-tuais problemas particulares ou de saúde, almoço etc., o atendimento para mesmo. “A paralisação de atividades pela falta de providências gerenciais rotineiras e até liberação de senhas é inadmissível em um serviço que já é prestado há três anos”, critica Áureo. “Agora, mais difícil ainda é entender a lógica administrativa de uma mesma Superintendência que lota apenas um empregado em um serviço de exclusividade da Caixa”, completa.

Sindicato cobra providências – O Sindicato dos Bancários tem envidado esforços através da contratação de laudos periciais apoiando os avaliadores que tiveram suspensas as reciclagens e a formação técnica há mais de uma década, em prejuízo do capital intelectual da Caixa e precarizando o atendimento à população.


“Nós estamos solicitando uma reunião com os gestores de Penhor, Superintendência e Avaliadores para debater a questão desse grupo de empregados, bem como um atendimento mais digno à sociedade”, informa Áureo. “Temos vários temas a tratar, como os guichês improvisados há 13 anos, equipamentos de proteção irregulares e inadequados, ausência de formação e de instrumentos na avaliação de diamantes, ausência de compostos químicos ideais para a avaliação, entre outras e vamos cobrar soluções urgentes”, finaliza Áureo Jr.