Agências do BB fechadas por conta de assaltos prejudicam funcionários e população

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O Sindicato visitou na última quarta-feira, 18/1, duas agências do Banco do Brasil no Interior que foram alvos de ataques com uso de explosivos: Capistrano e Itapiúna. Mesmo tendo sido reformadas e estando praticamente em condições de reabrir, as unidades permanecem fechadas, prejudicando funcionários e população dessas localidades.


A agência de Capistrano foi completamente destruída por explosivos durante a madrugada do dia 15/06/2016. Atualmente, apenas um vigilante permanece no local, mas a agência foi reconstruída e faltam apenas o mobiliário e a instalação do sistema.


O vice prefeito de Capistrano, Júnior Saraiva, afirma que, com o fechamento do Banco do Brasil da cidade e sem previsão de novas instalações, ficaram impossibilitados vários projetos que a Prefeitura tinha para a região onde o banco foi instalado. Sem a certeza de que o banco vai retornar, a Prefeitura teve de migrar sua folha de pagamento para outra instituição financeira. Ele acrescenta ainda que, com a situação de crise do País, o comércio está virando um “grande cemitério” e todo o dinheiro que seria gasto no município acaba indo para outras cidades.


Já em Itapiúna, o ataque aconteceu em 15/11/2015, quando assaltantes explodiram o local e fez até moradores reféns durante a fuga. Hoje, a unidade está totalmente reformada, mas ainda não inaugurou e nem tem previsão. A folha de pagamento da Prefeitura ainda continua no BB e os servidores, para receberem seus salários, têm de se deslocar, correndo riscos na estrada e deixando o dinheiro, que serviria para rodar a economia do município, em outra cidade. O mesmo acontece com os aposentados.


Para os funcionários da unidade, a situação também não está boa, como explica a diretora do Sindicato dos Bancários, Jannayna Lima: “o banco foi todo reformado, mobiliado, estava tudo pronto para ser reinaugurado, mas até agora os funcionários estão em outra agência, sem adição, sendo cobrados por metas, sem locação definida e sem saber se a agência vai reabrir ou não. Alguns já estão até apresentando adoecimento por conta do acúmulo de funções. O que nós queremos realmente cobrar do Banco do Brasil é que haja uma solução definitiva porque atualmente esses funcionários estão num clima de total incerteza”, cobra.


“Tenho um restaurante há 16 anos e acho que nesse período que trabalhamos aqui essa é a pior época que estamos passando com o fechamento dessa agência. É uma questão até de humanidade, quando vemos nossos idosos vindo da zona rural e, além de já pegarem transporte de madrugada para vir para a cidade, ainda tem de pegar outro veículo para se descolar para a cidade mais próxima. E o comércio ficou totalmente parado. Aqui meio dia ninguém parava. Hoje, agradecemos a Deus quando vem alguém de fora para almoçar. E assim são todos aqui, lojas, mercantis, tudo parado. Fazemos um apelo ao Banco do Brasil que reabra essa agência porque ela é responsável pela sobrevivência de muita gente aqui”, Vilma, comerciante de Itapiúna