Ampliar crédito é essencial para a economia

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O estoque total das operações de crédito do sistema financeiro atingiu R$ 2,237 trilhões em setembro, o que representa crescimento de 1,1% no mês e de 15,8% desde setembro de 2011.


Os dados divulgados pelo Banco Central no dia 26/10, mostram ainda que os bancos públicos foram praticamente os únicos responsáveis por esse aumento. A representatividade deles no total do crédito subiu 0,4 ponto percentual no mês, enquanto que as instituições financeiras privadas nacionais tiveram decréscimo de 0,4 p.p. e as estrangeiras permaneceram estáveis.


Os balanços do Santander, Bradesco e Itaú, divulgados este mês, demonstram a boa saúde financeira dessas instituições que lucraram, respectivamente, R$ 4,731 bilhões, R$ 8,6 bilhões e R$ 10,541 bilhões nos nove meses do ano. Ao mesmo tempo, a inadimplência acima de 90 dias apresentou queda neste último trimestre, ficou em 5,1% no Itaú e Santander, e 4,1% no Bradesco. A inadimplência é baixa e a tendência é de que caia ainda mais. Não há justificativa para os bancos não facilitarem os empréstimos.


A relação crédito/PIB do País fechou o nono mês do ano em 51,5%, dos quais 23,8% correspondem aos bancos públicos, 19,1% aos privados nacionais e 8,6% aos estrangeiros. Houve crescimento, pois em agosto era de 51,2% e em setembro do ano passado era de 47,4%. Mas o percentual brasileiro ainda é baixo.


Taxas – O governo federal começou a baixar as taxas de juros dos bancos públicos em abril deste ano. Desde então, o cheque especial, por exemplo, já caiu 3,82 p.p. na Caixa e 3,36 p.p. no BB. Eles apostam na ampliação de suas carteiras de crédito para compensar a redução do spread (diferença entre quanto o banco gasta para captar recursos e quanto cobra para emprestar esses recursos). E a base de clientes dessas instituições de fato aumentou.