Após cobrança das entidades, BNB esclarece reestruturação aos funcionários

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A Contraf-CUT, assessorada pela Comissão Nacional dos Funcionários do BNB (CNFBNB), esteve reunida na segunda-feira, 15/4, com o diretor Administrativo e de TI do Banco, Nelson Antônio de Souza, para cobrar esclarecimentos sobre o recém anunciado processo de reestruturação divulgado na última quarta-feira, 10/4.


Representantes dos trabalhadores em todo o Nordeste estiveram presentes à reunião e cobraram do Banco detalhes sobre a reestruturação feita sem qualquer diálogo com as entidades. “Os sindicatos estavam reunidos em Recife numa reunião da Comissão Nacional e foram surpreendidos pelo comunicado do banco anunciando a reestruturação. As entidades e os funcionários foram pegos de surpresa após várias tentativas de debaterem esse processo com o Banco ”, explicou Tomaz de Aquino, coordenador da CNFBNB.


Durante a reunião, o Banco fez uma explanação sobre todo o estudo relacionado à reestruturação afirmando que a quantidade de funções extintas é de 79 e mesmo assim, se comprometeu a minimizar os efeitos do processo, inclusive para as pes-soas que, a princípio, perderiam suas comissões.


“O movimento exigiu esclarecimentos e eles foram feitos. O Banco nos informou que o projeto operacional foi feito com o objetivo de otimizar os espaços administrativos e agilizar processos e que nessa perspectiva estaria reestruturando algumas áreas. Segundo o Banco, essas 79 pessoas poderão ter as suas comissões atingidas. As entidades colocaram sua preocupação com a situação específica dessas pessoas, pois nenhum trabalhador pode ser prejudicado no seu direito”, explicou o vice presidente da Contraf-CUT, Carlos Sousa.


De acordo com o comunicado divulgado e o documento explicitado às entidades, são 79 comissões a menos no quadro de funções. Entretanto, o Banco informou que por sua vez, novas comissões serão criadas para agências novas que a instituição vem inaugurando, entretanto, com comissões de valores menor.


“Para as entidades sindicais, sejam centenas ou dezenas de descomissionados, não importa. Não queremos nenhum trabalhador prejudicado. Independente da quantidade, nós fazemos a defesa intransigente dos trabalhadores, pois eles não têm culpa do imbróglio administrativo que o Banco se tornou”, completa Carlos Sousa. O dirigente da Contraf-CUT reivindicou ainda que no quadro de reestruturação do Banco houvesse espaço para uma gerência de Relações Sindicais. “Os grandes bancos brasileiros já têm essa divisão, por que não o BNB?”.


O presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará e da FETRAFI-NE, Carlos Eduardo Bezerra, destacou que o BNB se comprometeu ainda de que não haverão transferências compulsórias. Entretanto, ele também demonstrou preocupação com os impactos desse processo. “É como aquela brincadeira da dança das cadeiras. De repente toca a música e quando ela para, 79 funcionários não terão onde se sentar e aí? Esperamos realmente que esses efeitos sejam minimizados, mas estaremos vigilantes e acompanhando de perto todo o processo”, avisou.


Protesto – Ato político foi realizado pela Contraf-CUT nas dependências do Passaré com o objetivo de assegurar aos funcionários a defesa intransigente de seus direitos e alertar para a necessidade permanente de mobilização. “De início, o Banco diz que serão extintas 79 funções, mas ao mesmo tempo coloca em disponibilidade por 60 dias todas as funções comissionadas na Direção Geral e Centrais. Isso é muito preocupante”, conclui Tomaz de Aquino.