Após pressão, banco recua e mantém em julho insalubridade dos avaliadores de penhor

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Graças à pressão dos representantes dos empregados, a Caixa Econômica Federal recuou e manteve em julho o pagamento do adicional de insalubridade dos avaliadores de penhor, dando prazo até 11 de agosto para que as entidades apresentem argumentos pela manutenção do benefício. Na negociação extraordinária da mesa permanente, realizada no dia 12/7, em Brasília, foi homologada também a sistemática para promoção por mérito em 2016. As regras serão as mesmas do ano passado.


Na reunião, a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), que assessora a Contraf-CUT nas negociações com o banco, protocolou ofício reivindicando que fosse revogada a suspensão do pagamento do adicional.  O corte foi anunciando pela Caixa no dia 5 de julho, em comunicado interno, alegando que laudos de empresas contratadas consideraram que o ambiente em que se manipulam produtos químicos pelos avaliadores não apresenta risco à saúde.


As entidades representativas vão contratar novas perícias técnicas para avaliar o ambiente de trabalho dos avaliadores de penhor em algumas unidades, e no dia 11 de agosto, voltarão a se reunir, extraordinariamente, com a Caixa, para retomar o debate sobre o problema.


Promoção por mérito 2016 – Os representantes dos trabalhadores e da Caixa homologaram a sistemática da promoção por mérito para 2016. Conforme foi definido na reunião da Comissão Paritária do Plano de Cargos e Salários, no dia 21 de junho, foram mantidas as regras adotadas em 2015. A pontuação máxima é de 70 pontos, sendo distribuídos da seguinte forma: critérios objetivos (40 pontos), critérios subjetivos (20 pontos) e critério extra (10 pontos). Com a pontuação mínima de 40 pontos, o empregado passa a ter direito a um delta.


“Este recuo da Caixa diante da pressão dos empregados é mais uma prova de que só a luta e a mobilização garantem a manutenção dos direitos dos trabalhadores e melhores condições de trabalho para todos. Vamos continuar alertas para que nenhum direito conquistado seja retirado de nós”
Marcos Saraiva, diretor do Sindicato e representante da Fetrafi/NE na CEE-Caixa