Após repressão e agressões nas ruas, Senado aprova PEC 55 em 1º turno

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“O impeachment, a renúncia, a saída do Temer é necessária. Estamos vivendo um estado de exceção”, afirma Vagner Freitas, presidente da CUT, após a PEC 55 ter sido aprovada no dia 29, em primeiro turno, pelo Senado. À tarde do mesmo dia, as forças policiais haviam reprimido com dureza as manifestações em Brasília contra a votação da chamada PEC da Morte ou do Fim do Mundo, como ficou conhecida.


A votação da PEC em segundo turno deve ocorrer no próximo dia 12. Se aprovada, o Brasil verá uma triste repetição: amanhecerá no dia 13 de dezembro sob uma legislação antipovo, à semelhança do AI-5 aprovado na mesma data em 1968. A PEC 55 pretende congelar investimentos sociais públicos até 2036, atrelando-os apenas aos índices de inflação.


Parlamento fechou as portas para a sociedade – A sessão plenária que antecedeu a votação não teve espectadores. O Parlamento fechou as portas para a sociedade. Os senadores da oposição protestaram contra a proibição de que manifestantes pudessem acompanhar os trabalhos no plenário.


Vamos reagir – A secretária das relações de trabalho da CUT, Graça Costa, afirmou que o resultado do dia, mostrou de forma fiel o que acontece hoje no País. “Os trabalhadores mostraram que são capazes de resistir e lutar para manter seus direitos e evitar perda. Na votação do 1º turno, a manifestação mesmo reprimida, foi grandiosa. Vamos reagir”.