A Contraf-CUT, federações e sindicatos assinaram com o Banco do Brasil na última segunda-feira, dia 24/10, em Brasília, o acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). O acordo inclui as conquistas da categoria com aumento real, valorização do piso com reflexo no plano de carreira, avanço na carreira de mérito, além de benefícios nas áreas sociais e de saúde e manutenção da cláusula de trava de descomissionamentos, entre outros itens.
Também foi assinado o acordo específico de Participação nos Lucros. Em relação ao 1º semestre de 2010, os valores individuais distribuídos nesta PLR serão maiores, com variações da ordem de 9,9% a 13,1%. A Participação nos Lucros e Resultados (PLR) foi paga ainda na segunda-feira (24/10).
“Queremos agradecer aos sindicatos e bancários que participaram de todo o processo de mobilização. As nossas três semanas de greve mostraram toda a força da nossa unidade, o que resultou em importantes avanços para o conjunto do funcionalismo”, ressalta Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.
Além dos avanços nas cláusulas econômicas, os dirigentes sindicais lembraram a importância das melhorias das condições de trabalho, a exemplo das cláusulas que proíbem o transporte de valores por bancários e o ranqueamento dos funcionários, do acordo global.
“Nesta campanha tivemos dificuldades, mas saímos vitoriosos mesmo diante dos percalços e de toda a campanha da mídia e do governo de que os trabalhadores não poderiam ter aumento real”, afirma Eduardo Araújo, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil.
Os representantes do BB também se comprometeram a continuar discutindo as reivindicações dos trabalhadores nas mesas temáticas e nas negociações permanentes. “A assinatura do aditivo nos dá o sentimento de dever cumprido, pois coroa a nossa luta durante o ano, além, é claro, dos 21 dias de greve, garantindo nossas importantes conquistas. No entanto, é fundamental mantermos esse canal de diálogo com o banco para que possamos trazer ainda mais conquistas para o funcionalismo do BB”, avalia o presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carlos Eduardo Bezerra.
PLR E DIFERENÇAS SALARIAIS – O acordo assinado com o BB mantém a mesma regra dos anos anteriores para a PLR, modelo considerado o melhor da categoria. A regra prevê distribuição anual, dividida em dois semestres distintos, de 90% do salário paradigma (E-6, E-6 + comissão de caixa e VR´s), sendo 45% em cada semestre; 4% do lucro líquido distribuídos de forma linear, valor fixo com parâmetro no valor definido para a categoria e mais o módulo bônus para os comissionados.
Os representantes dos bancários cobraram ainda a antecipação do pagamento das diferenças pela aplicação do reajuste nos salários, tíquetes-refeição e cesta-alimentação, relativas aos meses de setembro e outubro. O banco disse que irá avaliar a possibilidade. De acordo com a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, assinada com a Fenaban na última sexta-feira (21), as diferenças deverão ser pagas até a folha de pagamento do mês de novembro. Com a CCT e o Acordo Aditivo os bancários conquistaram reajuste salarial de 9% (aumento real de 1,5%), valorização do piso em 10%, que passa para R$ 1.760,00 (aumento real de 2,43%), corrigindo todo o PCR.
PLR – CONFIRA OS VALORES BÁSICOS PAGOS AOS FUNCIONÁRIOS DO BB
Neste semestre o número de funcionários que recebeu participação dos lucros é superior em cerca de 7 mil ao mesmo período de 2010. Confira os valores pagos:
• ESCRITURÁRIO: R$ 3.571,46 (13,1% maior do que o 1º semestre de 2010);
• CAIXAS, ATENDENTES E AUXILIARES: R$ 3.912,16 (12,5% maior do que o 1º semestre de 2010);
• DEMAIS COMISSIONADOS: de 1,62 a 3,0 salários paradigmas (em média 9,9% maior do que o 1º semestre de 2010).
