Ato no Bradesco marca mobilização dos bancários em dia de negociação com a Fenaban

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“Os banqueiros são farinha do mesmo saco”. Com esse mote foi realizada uma manifestação pelos dirigentes do Sindicato dos Bancários do Ceará, na manhã desta quarta-feira, 2/9, na agência Bradesco Parangaba, em Fortaleza. O ato marcou o calendário de luta dos bancários neste dia de rodada com a Fenaban, quando cláusulas econômicas da Campanha Salarial 2009 estavam sendo negociadas com os banqueiros. Os sindicalistas lembraram a história de luta da categoria e denunciaram à população que os bancos abusam e não têm responsabilidade social.


“Nas rodadas de negociação com a Fenaban, os bancos usam a desculpa de que não têm dinheiro. Não queremos greve, mas já avisamos que vamos continuar a mobilização e parar se for preciso”, afirma Alex Citó, diretor do SEEB/CE e funcionário do Unibanco, fazendo uma alusão a uma possível greve.


Durante a manifestação, os bancários demonstraram indignação com o resultado das negociações. Gabriel Motta, funcionário do Bradesco e diretor do SEEB/CE denunciou as práticas dos banqueiros contra os trabalhadores, com metas abusivas, extrapolação de jornada, que traz o adoecimento dos bancários. “Eles, banqueiros, são os verdadeiros responsáveis pela falta de distribuição de renda. O Bradesco é o pior deles, pois é um dos mais rentáveis do setor financeiro e não garante nem os empregos dos seus funcionários. O Bradesco é campeão de demissões”, disse.


“Exigimos mais contratações, fim das demissões, redução dos juros, fim das metas abusivas e melhores condições de trabalho”, enfatizou Antonia Marques, diretora do SEEB/CE e funcionária do Bradesco. Segundo ela, os banqueiros estão abusando dos seus “colaboradores”, principalmente com demissões que causam um reflexo horrível no ser humano e desestrutura a família.


A população manifestou apoio à luta dos trabalhadores, aplaudindo os dirigentes sindicais que protestaram contra os abusos dos bancos, principalmente ao cobrar tarifas e juros escorchantes e ao não contratar mais funcionários, aumentando assim as filas e o tempo de espera para atendimento, que também deixa a desejar. “Eu me sinto bastante prejudicada com as taxas desse banco, e ainda deixa a gente na fila por horas”, disse Suely Barroso, cliente do Bradesco.