Aumento real e defesa do em-prego e dos direitos são priorida-des para os bancários cearenses

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Os bancários cearenses já definiram suas prioridades para a Campanha Nacional Unificada 2016. De acordo com a consulta nacional aplicada entre os bancários do Estado, as principais reivindicações da categoria são aumento real (86,6% das respostas), PLR maior (91,7%), combate ao assédio moral (81%), luta contra a ter-ceirização (83,9%) e a privatização (87,4%), além de dizerem um sonoro Não à retirada de direitos da classe trabalhadora (93,8%).


A consulta foi aplicada em todo o País com o objetivo de nortear os principais eixos da campanha nacional. O resultado global da pesquisa foi divulgado duran-te a Conferência Nacional dos Bancários, ocorrida em São Paulo no último fim de semana. A entrega da pauta de reivindicações da categoria está agendada para o próximo dia 9 de agosto.


Remuneração e Emprego – Com relação à remuneração, 86,6% priorizam o aumento real como conquista da campanha deste ano; 40,3% desejam a valoriza-ção do piso e 29,1% querem PCCS para todos. Por sua vez, 71% querem cesta alimentação maior; 91,7% querem aumento na PLR e 47% apontam como impor-tante negociar a remuneração total.


Um total de 67,6% querem o fim das demissões e mais contratações. Os ban-cários apontaram ainda como importante a igualdade de oportunidades (36,3%) e o fim das terceirizações (35,8%).


Saúde, Segurança e Condições de Trabalho – Na saúde e condições de trabalho, uma das principais prioridades da categoria é o combate ao assédio mo-ral (81%). Os bancários pleiteiam ainda o fim das metas abusivas (76,4%).


Já com relação à segurança, o destaque ficou para a reivindicação de adicio-nal de periculosidade nas agências e postos de atendimento, considerada como prioridade para 56,6%. Os bancários também desejam vidros blindados nas fa-chadas (32,3%), câmeras com monitoramento em tempo real (31,8%) e o fim da guarda de chaves por bancários (30,7%).


Outras pautas – Um total de 87,4% consideram que é muito importante abor-dar durante a Campanha Nacional 2016 a não privatização de bancos públicos; 83,9% acham muito importante abordar também a terceirização sem limites e 55,34% a democratização e o fim do monopólio da mídia. Além disso, 82% são contra a volta do financiamento empresarial de campanhas eleitorais defendido pelo Congresso; 81,5% são contra a reforma da previdência pretendida pelo inte-rino Temer, que aumenta o tempo para aposentadoria e 93,8% são contra a redu-ção de direitos pretendida também pelo governo golpista.


“A categoria está mobilizada para uma campanha forte. Temos de estar prepara-dos e lutar por mais avanços para os bancários e contra a retirada de conquistas históricas dos trabalhadores”
Carlos Eduardo Bezerra, presidente do Sindicato e da Fetrafi/NE