O emprego foi a pauta principal da reunião entre a representação dos bancários e o Itaú, no dia 16/12, em São Paulo. Conforme solicitado pelas entidades sindicais, o banco apresentou os números de desligamentos: de 1º de janeiro a 08 de dezembro de 2015, fechamento da folha, foram 8.529 desligamentos no total. Na base da Contraf-CUT, foram 5.344 desligamentos. No Ceará foram 45 demissões, a maioria sem justa causa, de janeiro a novembro deste ano.
O Itaú informou que em 2015, 142 agências foram encerradas e 35 foram inauguradas. Neste processo, 1.045 trabalhadores foram envolvidos. Deste total, 87% foram realocados. Este alto número de fechamento de agências se dá, principalmente, pelo banco priorizar as agências digitais, alegando ser uma tendência de mercado. Mas, julga importante o diálogo com os trabalhadores.
O Itaú insistiu também na postura pessimista em relação à crise. Porém, os bancários frisaram os altos lucros do banco, que nos nove primeiros meses de 2015, teve lucro líquido recorrente de R$ 18,059 bilhões, alta de 20,7% em relação ao mesmo período de 2014. Esses números mostram como as demissões não tem justificativa.
A boa notícia do encontro ficou por conta do Agir, pois o banco aceitou o pedido dos trabalhadores de não computar o período de greve no fechamento das metas. O banco também está contando 11 meses e não 12. Assim, desconta as férias dos bancários.
“Vamos fazer uma forte campanha nacional de mobilização contra o Itaú pela falta de compromisso com o emprego. Com o lucro de mais de R$ 18 bilhões em nove meses, não justifica essa política cruel de demissões do Itaú”
Ribamar Pacheco, diretor do Sindicato e representante da Fetrafi/NE na COE Itaú