O Sindicato dos Bancários do Ceará publica a partir desta edição um apanhado de algumas das principais conquistas da categoria bancária ao longo da história da entidade. Este ano, o Sindicato completou 73 anos de lutas e de muitas conquistas.
Vamos iniciar esta pesquisa a partir de 1979, ano em que a categoria retomou a gestão do Sindicato, derrubando o interventor José Leite Jucá. O registro dos fatos e lutas deste período teve o testemunho de grande parte dos sindicalistas, que são dirigentes da entidade hoje e que são atores dessa fase de nossa história.
Com as conseqüências dos movimentos nacionais pela democratização do País e das lutas da categoria foram surgindo mais conquistas, que se incorporaram aos direitos dos bancários ao longo dos anos. É assim que surge o adicional noturno de 25%, em 1984 e a gratificação de compensador e o adicional de insalubridade, em 1985. Neste ano é ampliado também o adicional de hora-extra para 30% e a gratificação de função para 50%.
O aumento real de salários aparece em 1980 (11%), 1981 e 1982 (5%) e 1985 (12,63%).
Em 1982 os bancários conquistaram ainda o direito ao auxílio-creche, que beneficiava inicialmente bancárias com filhos de até 12 meses e se ampliou sucessivamente em 1985, com a extensão do benefício para bancárias com crianças até 4 anos.
Quanto às conquistas sociais, deve-se considerar o avanço com relação à estabilidade provisória (gestantes, afastados por doença, empregados alistados no serviço militar e bancários às vésperas da aposentadoria) e a liberação de dirigentes sindicais.
Em 1979 eram apenas sete diretores liberados para o Sindicato, sendo permitido no máximo dois diretores por banco. Em 1985, o número alcançou a totalidade da diretoria, então com 24 diretores, sendo permitido quatro diretores por banco. Uma conquista importante do ponto de vista da organização da categoria.