Reunidos na 19ª Conferência Nacional, 696 bancários representando trabalhadores de todo o Brasil, definiram ações e estratégias para a Campanha Nacional da categoria em 2018. São planos de lutas em defesa dos empregos, dos bancos públicos e para se opor à retirada de direitos imposta pelas reformas trabalhista e da Previdência. Ações também em defesa da democracia e do movimento sindical. A Conferência aconteceu entre 28 e 30 de julho, em São Paulo.
Um documento será entregue à Federação dos bancos (Fenaban), no próximo dia 8 de agosto, sobre cada ponto defendido pela categoria bancária, e a oposição dos bancários à reforma trabalhista. A categoria não aceitará qualquer alteração nos contratos de trabalho e exige respeito a todas as cláusulas da nossa Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
As estratégias e ações definidas na Conferência vão fortalecer a categoria no combate às mudanças na legislação que prejudicam os trabalhadores. São ações para não deixar que a terceirização desmantele a categoria, para evitar trabalho em jornadas exaustivas e, finalmente, defender que quem trabalha em banco, é bancário.
As mesas temáticas sobre Saúde do Trabalhador, Igualdade de Oportunidades, Segurança Bancária e de Acompanhamento da Cláusula de Prevenção de Conflitos, trouxeram reflexões para a formação de dirigentes e de bancários de base que estiveram presentes. Trouxeram indicadores de como pode ser feito o enfrentamento aos ataques aos direitos e como enfrentar as consequências do avanço da tecnologia. Exemplo disso, é o avanço tecnológico tem que ter uma regulação para não colocar a sociedade em risco.
Principais pontos do documento que será entregue a Fenaban:
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Não à terceirização; -
Não ao contrato temporário; -
Não à contratação de autônomos; -
Não ao contrato intermitente de trabalho; -
Não ao teletrabalho sem negociação com os sindicatos; -
Não ao termo de quitação das obrigações trabalhistas; -
Não à jornada 12 x 36 horas; -
Não ao parcelamento da PLR em mais de duas vezes; -
Manutenção das homologações feitas pelos sindicatos para fiscalizar o devido pagamento dos direitos dos demitidos; -
Não à rescisão do contrato de trabalho em comum acordo, na qual os trabalhadores só perdem; -
Não ao limite à liberdade de expressão dos sindicatos e dos trabalhadores; -
Contra prêmios e bônus que não integrem os salários; -
Garantia dos centros de realocação e requalificação; -
Respeito à jornada de trabalho dos bancários como forma de preservação da saúde; -
CCT válida para todos os trabalhadores dos bancos; -
Que todos os trabalhadores da atividade-fim dos bancos sejam representados pelos sindicatos de bancários; -
Assinatura de termos de responsabilidade por parte do empregado não eximirá o empregado da responsabilidade com a saúde dos trabalhadores; -
Livre acesso dos dirigentes sindicais às agências digitais -
Garantia da ultratividade (validade) da CCT até a celebração de novo acordo -
Garantia de que as gratificações de função sejam incorporadas apos 10 anos de recebimento.