Bancários definem reivindicações e entregam pauta aos bancos no dia 13, quarta-feira

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Aumento real para os salários e demais verbas, defesa da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com todos os direitos para todos os trabalhadores da categoria; manutenção da mesa única de negociações entre bancos públicos e privados; dos empregos, com a proibição das demissões em massa e garantir que nenhum bancário receba PLR menor em 2018. Essas são algumas das principais reivindicações definidas pelos 627 delegados eleitos em todo o Brasil, durante a 20ª Conferência Nacional da categoria, que aconteceu de 8 a 10 de junho, em São Paulo.


REAÇÃO CONTRA O GOLPE

A pauta da Campanha Nacional Unificada 2018 será entregue à federação dos bancos (Fenaban) na quarta-feira, 13/6. O Comando Nacional dos Bancários levará à Fenaban um pré-acordo para garantir a manutenção de todos os direitos da CCT e dos acordos específicos até a definição das negociações deste ano. Esta será a primeira campanha da categoria após o golpe, já que em 2016 os trabalhadores garantiram um acordo de dois anos. Esse acordo é válido até 31 de agosto de 2018. Para se defender dessa lei em vigor desde 11 de novembro de 2017, os bancários querem incluir cláusula determinando que contratos de trabalho intermitente, parcial, autônomo, terceirizado, só podem ocorrer se for acordado com o Comando Nacional dos Bancários. O mesmo em relação à contratação de banco de horas ou compensação que deverá ser feita via negociação coletiva. Também que as homologações sejam realizadas nos sindicatos.


TRABALHADORES E A SOCIEDADE

Diante do quadro pós-golpe, os trabalhadores definiram como pontos centrais da Campanha Nacional Unificada 2018 a defesa dos bancos públicos como BB, Caixa, BNDES, BNB, Basa e das demais estatais (como Petrobras e Eletrobras). Foram aprovadas ainda a luta em defesa da democracia e das eleições 2018, pela liberdade de Lula e seu direito de ser candidato, como pontos estratégicos para os trabalhadores. Os bancários aprovaram também participação no Dia Nacional de Luta, convocado pelas centrais sindicais para 10 de agosto. Será o Dia do Basta ao desemprego, ao desmonte do Brasil.


CONTRIBUIÇÃO NEGOCIAL

Estará na pauta que os bancários entregarão aos bancos a cobrança da contribuição negocial como cláusula da CCT para todos, como mecanismo de participação dos trabalhadores na sustentabilidade das entidades sindicais. A luta e toda a estrutura das entidades sindicais precisam de recursos para serem mantidas. Desde os departamentos de comunicação, saúde, jurídico, até a organização e mobilização da base durante as campanhas, nada disso se faz sem recursos financeiros.


PRINCIPAIS REIVINDICAÇÕES DOS BANCÁRIOS PARA 2018


• Defesa da CCT;


• Aumento real;


• Defesa do Emprego;


• Manutenção da mesa única;


• PLR para todos;


• CCT válida para todos os trabalhadores, incluindo os considerados pela nova lei como hipersuficientes;


• Defesa dos bancos públicos;


• Defesa da democracia.