Bancários denunciam: Golpista quer privatizar as empresas públicas

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BANCO DO BRASIL, BANCO DO NORDESTE, CAIXA ECONÔMICA FEDERAL compõem a lista de empresas estatais ameaçadas pelo governo golpista Temer de serem privatizadas, além da Eletrobrás, Petrobrás, Sabesp, Metrô, Correios e outras empresas em nível estadual e municipal. Para protestar, o Sindicato dos Bancários do Ceará realizou manifestações no Dia Nacional de Luta em Defesa das Empresas Pública, no dia 5/7, mobilizando a categoria, clientes e usuários nas agências da Caixa, BB e BNB na Aldeota, em Fortaleza.

Os dirigentes sindicais percorreram as agências mostrando que o ataque, a ameaça de privatização dos bancos públicos, prejudica tanto funcionários como a população. Pois acabar com os bancos, como BB, Caixa e BNB é acabar com as políticas governamentais que contribuem com o desenvolvimento social e com a redução da desigualdade social, uma vez que o foco não é exclusivamente no lucro.



“O patrimônio público brasileiro está sendo entregue pelo governo golpista às empresas internacionais, sem se preocupar com os interesses nacionais.  Denunciamos para que a sociedade tome conhecimento desses ataques e se solidarize com nossa luta. Ou alguém tem dúvida que, com a privatização da Eletrobrás a conta de energia vai ficar mais cara? Ninguém duvida.  No Ceará com a venda do BEC, os clientes foram expulsos das agências; os bancos privados não tem interesse de abrir agências no interior. Quem está no interior são os bancos públicos:  Banco do Brasil, Caixa e BNB, dando acesso ao crédito para quem necessita, pequenos negócios que geram renda. Denunciamos também o sucateamento dos bancos públicos, por exemplo, 10 mil funcionários saíram do BB sem novas contratações e 700 agências do BB foram fechadas, para aumentar mais ainda o lucro do capital privado. Mas nossa resposta será dia 7 de outubro, assumindo nosso papel de frear esse ataque às empresas públicas e retomar o governo democrático”
José Eduardo Marinho, presidente em exercício do SEEB/CE, funcionário do BB


“O alvo deste governo golpista são as empresas públicas, como a Caixa que vem sofrendo desmonte, para atender os interesses multinacionais. Sim, os interesses internacionais querem empresas como a Eletrobrás e os Bancos Públicos, porque dão resultados. O desmonte da Caixa, por exemplo, é por dentro:  piorando o atendimento; fechando unidades, fazendo o cliente reclamar do serviço. Só não sabem que isso faz parte de uma política desastrosas, de entregar nosso patrimônio ao capital estrangeiro. Agora mesmo na Caixa assumiram dois diretores no Conselho de Administração, vindo do mercado; ora, o mercado não quer a política pública, o mercado quer minimizar custos e maximizar lucros.  Os bancários são o alvo das reclamações, mas a sociedade precisa saber que o mercado quer abocanhar a Caixa Econômica Federal e pra isso o governo golpista está tentando esvaziá-la.
Túlio Menezes, diretor do SEEB/CE, empregado da Caixa


“Hoje, o governo golpista, que tomou de assalto o governo do País, está voltando à década de 90 com a agenda de privatizações, inclusive acabou com o direitos dos trabalhadores, na chamada deforma trabalhista que rasgou nossa CLT. Os clientes vem este banco bonito, pensam assim: a vida desses bancários é uma maravilha. Não é não. Por trás dos sorrisos, existem mulheres e homens sofridos, com seus direitos tirados a todo momento. É por isso que o Sindicato dos Bancários que tem história de resistência e lutas está aqui no Dia Nacional de Luta em Defesa das Empresas Estatais e dos Bancos Públicos, para dizer que neoliberalismo não vai vencer essa batalha. Vamos juntos com a sociedade trazer de volta o projeto político, que nos faça erguer novamente a cabeça e dizer: somos uma nação que merece respeito, pelas riquezas, pela nossa cultura, e por ser uma nação do povo, que apesar de alegre e gentil, é um povo guerreiro. Bancários, a luta continua! Nós temos que salvar não só nossos empregos, mas temos que salvar o país da derrocada, e não deixar o capital estrangeiro acabar os nossos bancos públicos”
Tomaz de Aquino, diretor do SEEB/CE e funcionário do BNB