A Contraf-CUT, federações e sindicatos abriram na quinta-feira, 18/8, em Brasília, as discussões com a Caixa Econômica Federal acerca da eleição de um representante dos trabalhadores para o Conselho de Administração da empresa.
A representação de empregados em Conselhos de Administração das empresas públicas foi assegurada com a lei federal 12.353, sancionada pelo então presidente Lula no dia 12/12/2010. A portaria com as instruções para efetivação da medida foi assinada pela presidenta Dilma Rousseff em 11/3.
A abordagem inicial do assunto pelos representantes dos empregados e da Caixa envolveu adequações estatutárias que deverão ocorrer para cumprimento da lei, assim como questões relativas ao exercício da função de conselheiro eleito. A empresa entende que o conselheiro representante deve ficar liberado de suas atribuições funcionais. Os representantes dos empregados, por sua vez, destacaram a necessidade de estrutura adequada ao cumprimento do mandato. O que já se tem como assegurado é que o representante será eleito por voto direto, entre os empregados da ativa, por meio eletrônico, no sistema da Caixa. A comissão eleitoral será designada pelo presidente da Caixa, com representantes da empresa e dos empregados. O debate terá prosseguimento nos próximos encontros.
PONTO ELETRÔNICO – A Caixa informou que a proposta de implantação de login único para cada empregado está agendada na área técnica para análise no decorrer de setembro e que, caso seja viável, poderá ocorrer até dezembro.
RET/PV – A Caixa informou que vem realizando estudo sobre a segmentação da rede e que a antiga atividade de RET/PV deverá ser adaptada à nova realidade. A empresa informará sobre o desdobramento das discussões que estão sendo feitas internamente.
EMPREGADOS X CORRESPONDENTES – A partir de relatos das entidades sindicais, a CEE/Caixa alertou a empresa para a proliferação de casos de empregados com atuação direta ou indireta como correspondentes bancários. Para as representações dos bancários, o entrelaçamento de atribuições funcionais com interesses pessoais é propício a práticas não recomendadas. A CEE/Caixa frisou que o problema é decorrência da estratégia de terceirização dos serviços, em detrimento da contratação de mais empregados. Os representantes da Caixa ficaram de levar o assunto ao Conselho de Ética, para que seja devidamente investigado, e de tratar alguns aspectos do problema também no âmbito do Conselho Diretor.