Bancários do BB fazem protestos contra “pacote de maldades”

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Os funcionários do Banco do Brasil realizaram atividades na última segunda-feira, dia 14/5, em Fortaleza. Na terça-feira, dia 15, uma nova assembléia específica dos funcionários definirá os rumos das ações contra o projeto de reestruturação divulgado pelo banco na semana passada. O indicativo é de greve por tempo indeterminado a partir da quarta-feira, dia 16/5. O calendário foi deliberado pelos bancários em assembléia realizada no dia 9/5, no Sindicato.


“Não aceitaremos política de terceirização numa instituição pública sob a égide do governo Lula, como não aceitamos quando o governo era comandado pelo famigerado FHC”, conclamou o presidente do Sindicato, Marcos Saraiva.


O diretor Henrique Ellery alertou para a necessidade de união de todos os bancários do BB. “Está posto o desafio para construirmos uma luta histórica dentro do BB. Hoje, o projeto atinge principalmente o NUCAC e a GEREL, mas futuramente, atingirá a todos os funcionários”, disse.


Alterações no pacote


Na reunião no Ministério Público do Trabalho, em Brasília, realizada na segunda-feira, dia 14/5, o Banco do Brasil apresentou alterações no seu pacote com a intenção de amenizar os impactos negativos. Dentre elas, mais 30 verbas-hospedagem para os que forem removidos; redução do limite de idade para aposentadoria de 50 anos para os demais funcionários que já tenham condições de se aposentar; e o seu compromisso de que nenhuma agência do País ficará com menos de cinco funcionários; e a implantação de um programa de qualidade de vida para o funcionalismo. Os dirigentes da Contraf-CUT e Comissão de Empresa dos Funcionários do BB afirmaram que tais medidas são paliativos insuficientes diante dos impactos que atingem a todos.


A audiência foi convocada depois que a Contraf/CUT e a Comissão de Empresa denunciaram ao Ministério do Trabalho que o pacote do BB vai provocar demissões, fechar unidades e aumentar a terceirização. Nova reunião foi marcada para terça-feira, dia 15/5.