Bancários do BB protestam contra reestruturação e assédio moral

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No Dia Nacional de Luta, o Sindicato dos Bancários (SEEB/CE) realizou ato, na quarta-feira, 30/5, contra o “pacote de maldades”, lançado pela direção do Banco do Brasil no dia 7/5. O palco da manifestação foi a agência do banco localizada na Rua Barão do Rio Branco. A atividade, definida no Encontro Nacional de sábado, 28/5, integra o calendário de mobilizações contra o plano de reestruturação do BB, que provocará demissões, fechamento de unidades e aumento da terceirização. Além disso, a data conta com várias atividades em centenas de agências por todo o Brasil.


Os diretores do Sindicato protestaram contra as denúncias de assédio moral, que vêm sendo cada vez mais constantes, contra a terceirização, a redução de postos de atendimento e o plano de cargos e salários que discriminam os funcionários, além do “pacote de maldades” construído à margem do Sindicato e sem nenhuma negociação com os trabalhadores.


Os funcionários mais antigos do banco vêm sendo agredidos moralmente por conta dos planos de afastamento e demissões voluntárias. Para os mais novos o problema é outro. Está havendo uma diminuição de postos efetivos, cargo pelo qual se dá o início da carreira de alguns bancários.


As medidas implementadas pela direção do banco atingem não somente os funcionários das agências, mas também a população. Com a diminuição dos postos efetivos, a conseqüência será o aumento no tamanho das filas e uma precarização do atendimento.


Para o diretor do SEEB/CE, Carlos Eduardo, funcionário do Banco do Brasil há seis anos, é preciso ter um respeito maior ao funcionalismo e à população. “A esperança é que o BB melhore e cresça. Ele continua sendo estatal, mas está deixando de ser público. Essa política que vem sendo implementada no banco, pode ser a cartada final para que depois o BB possa ser comprado por algum outro grande banco”, afirma o diretor.