Bancários do Bradesco se mobilizam em defesa do emprego e melhores condições de trabalho

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Para denunciar as demissões imotivadas que o Bradesco vem praticando nos últimos meses, apesar dos altos lucros, funcionários do banco no Ceará participaram de mobilizações no dia 23/11, em Dia Nacional de Luta, em atos nas agências Bradesco Senador Alencar e HSBC Major Facundo, no Centro de Fortaleza. As principais bandeiras são a defesa do emprego e melhores condições de trabalho.


O banco tem aumentado seu lucro exorbitantemente, continua cobrando altas taxas de juros, no entanto, continua demitindo e assediando moralmente os trabalhadores, com o excesso de cobranças e metas abusivas. Nos primeiros nove meses deste ano, o Bradesco lucrou R$ 12,736 bilhões e cortou 4.790 postos de trabalho, nos últimos 12 meses.


Incorporação do HSBC – O Dia Nacional de Luta também chamou a atenção para problemas relacionados à incorporação do HSBC pelo Bradesco, que assumiu 5 milhões de contas-correntes do banco inglês. Bancários relatam jornadas de trabalho extenuantes, além da forte cobrança pelo cumprimento de metas.


“Quem ficar será mais sobrecarregado, com tarefas, metas e cobranças insistentes. As metas abusivas têm feito bancários adoecerem e trabalhar sob efeito de medicamentos. O patronato não está sensível a essa realidade. Fazemos negociação, vamos pro embate com a direção do banco, que promete resolver, mas não revolve. Só lutando o trabalhador vai conseguir manter seus direitos e melhorar a qualidade do trabalho. Precisamos nos unir, nos juntar”
Robério Ximenes, diretor do Sindicato e funcionário do Bradesco.


“Os bancários do Bradesco precisam estar junto do Sindicato, pois temos que ter força, esperança e mais do que nunca, união. Porque o projeto golpista do governo Temer deseja atacar também as entidades sindicais, e por isso os Sindicatos precisam estar fortes, e pra serem fortes precisam estar unidos com a categoria. Bancários, vamos nos unir, não vamos perder a esperança, vamos resistir e vamos lutar juntos!”
Rita Ferreira, diretora do Sindicato e funcionária do Bradesco


“A redução dos postos de trabalho, a sobrecarga dos trabalhadores que ficam e seu consequente adoecimento é preocupante. Isso faz parte da política cruel de precarizar os serviços através da redução dos funcionários, da retirada de direitos e conquistas históricas e arrocho salarial. Vamos à luta”
Telmo Nunes, diretor do Sindicato e funcionário do Bradesco