Bancários do Ceará aprovam eixos para a campanha salarial 2017

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Bancários da capital e do interior do Ceará estiveram reunidos no sábado, 27/5, na sede do Sindicato, durante o Encontro Estadual dos Bancários que definiu eixos da categoria no Estado para a Campanha Salarial 2017.


A defesa do emprego e dos direitos conquistados ao longo dos tempos foram as principais bandeiras elencadas pelos bancários cearenses para este ano. Ao final dos debates, foram eleitos os delegados aos congressos nacionais de Banco do Brasil, Caixa Econômica e Banco do Nordeste do Brasil, além dos representantes do Ceará na Conferência Regional da Fetrafi/NE.


Os bancários cearenses aprovaram ainda uma moção de repúdio à tentativa do Congresso Nacional de realizar eleições indiretas caso o golpista Temer seja deposto. A categoria entende que o alto índice de envolvimento em casos de corrupção desabona esse Congresso a eleger o mandatário principal do País.


Defesa dos trabalhadores – O advogado do Sindicato, Carlos Chagas, falou sobre a reforma trabalhista e o desmonte de direitos. Segundo ele, é uma grande falácia do governo golpista argumentar que a reforma trabalhista trará a modernização da legislação e a geração de postos de trabalho. “Mais de 70% dos artigos que compõem a CLT já foram modificados. Além disso, só se gera emprego com o desenvolvimento da economia e não com a precarização das relações trabalhistas”, afirmou.


Já o professor-doutor Martonio Mont’Alverne falou sobre o Estado Democrático de Direito e seus desafios. Para ele, é fundamental lutar em defesa da democracia. O professor citou ainda a importância de defender conquistas históricas dos trabalhadores e condenou a tentativa de criminalização da esquerda, dos movimentos sociais e do sindicalismo.


“Um dos principais instrumentos que o trabalhador tem de se mobilizar e lutar por seus direitos é o sindicato e, por isso, temos que nos organizar e manter nossas entidades fortes. Só assim construiremos nossa campanha de maneira forte e conseguiremos fazer o enfretamento devido dessas reformas tão prejudiciais à classe trabalhadora”, finalizou Carlos Eduardo Bezerra, presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará.