Bancários do Itaú aprovam propostas de PCR, auxílio educação e ponto eletrônico

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Em assembleia, realizada na quarta-feira, 5/9, na sede do SEEB/CE, os bancários do Itaú no Ceará avaliaram e aprovaram as propostas de acordos coletivos para a Participação Complementar nos Resultados (PCR), auxílio educação e ponto eletrônico negociadas com o banco no dia 16/8. Os acordos terão prazo de vigência de um ano.


Aumento da PCR – O valor da PCR será de no mínimo R$ 1.800,00 para cada funcionário, um crescimento de 12,5% em relação ao que foi pago no ano passado, que foi de R$ 1.600,00. O valor pode ser maior dependendo do indicador de retorno sobre patrimônio líquido (ROE).


A PCR será creditada de uma só vez juntamente com a antecipação da PLR da categoria, que está sendo discutida na mesa de negociação da Campanha 2012 entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban.


“A PCR é uma conquista  específica dos funcionários do Itaú e traz princípios defendidos pelo movimento sindical: é linear, todos recebem o mesmo valor indistintamente; não é compensável com nenhum programa próprio, ou seja, todo mundo vai receber; e não é baseada em metas individuais”, afirma Ribamar Pacheco, representante da Fetrafi/NE na Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, que assessora a Contraf-CUT nas negociações com o banco.


Mais bolsas educação – Foi deliberada a conquista de 1.500 novas bolsas educação, sendo que 1.000 serão destinadas preferencialmente a bancários com deficiência. Com isso, o movimento sindical obteve um total de 5.500 bolsas: 4 mil para bancários, 1.000 para bancários com deficiência e outras 500 para trabalhadores não bancários da holding do Itaú.


Esse auxílio será retroativo a fevereiro deste ano e totalizará 11 parcelas, cobrindo 70% da mensalidade, com teto de R$ 320,00. Não há restrição de cursos. Assim qualquer primeira graduação é possível. A abertura do processo de inscrição para o auxílio educação será divulgada em breve pelo banco.


Ponto eletrônico – A proposta regulamenta o Sistema Alternativo Eletrônico de Jornada de Trabalho. As negociações sobre este tema também aconteceram durante o primeiro semestre deste ano e as alterações solicitadas pela Contraf-CUT foram feitas pelo Itaú.


O sistema não admite restrições à marcação do ponto; marcação automática do ponto; exigência de autorização prévia para marcação de sobrejornada; e alteração ou eliminação, pelo gestor, dos dados registrados pelo empregado.


“Dentre as alterações, destacamos a possibilidade da marcação do ponto eletrônico apenas nas dependências internas do banco”, destaca Ribamar. O comprovante de registro de ponto também foi alterado pelo banco, conforme solicitação da Contraf-CUT.