Bancários do Maranhão querem Sindicato filiado à CUT

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Os bancários do Maranhão definiram em plebiscito, os rumos de Sindicato. Conforme deliberado em assembléia, decidiram que o Sindicato dos Bancários do Maranhão deve permanecer filiado à Central Única dos Trabalhadores (CUT). Na votação, que aconteceu no período de 19 a 21/5, a categoria decidiu por maioria que o Sindicato permanecerá filiado à CUT. O resultado mostra a coerência dos que defendem o fortalecimento da categoria.


Entendem os bancários do Maranhão que as implicações de permanecer ou não filiado à CUT afetam a sua organização e a organização da classe trabalhadora como um todo, já que pode-se contribuir para fragilizar ou fortalecer a classe. Os que defendiam a não desfiliação, relembram que nos anos 80 e início dos anos 90, a luta que o MOB-CUT travou para transformar aquele sindicato em uma trincheira de luta.


Construía-se também uma Central nacional capaz de unir todos os trabalhadores e de encaminhar as lutas com vistas à conquista de suas reivindicações históricas. De lá para cá foram só avanços. Chegou-se mesmo, quem diria, a eleger um presidente da República. A CUT foi, e continua sendo, decisiva na organização e defesa dos interesses históricos dos trabalhadores urbanos e rurais e também das mulheres, negros, índios e de todos os empobrecidos deste País. Com 3.489 entidades filiadas, mais de 7 milhões e meio de sócios e mais de 22 milhões e meio de representados, a CUT é hoje a maior central de trabalhadores da América Latina e a quinta maior central do mundo.

HISTÓRIA – Com a criação da CUT, em 1983, ainda em pleno regime militar, também foi criado o Departamento Nacional dos Bancários da CUT, que deu origem à Confederação Nacional dos Bancários da CUT (CNB/CUT) e mais recentemente à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (CONTRAF/CUT), que agora propõe unir na mesma luta com os bancários, todos os demais trabalhadores do ramo financeiro. Aconteceram, naquela década, grandes greves, dentre elas, a primeira greve nacional da categoria bancária ocorrida no ano de 1985. Naquele ano, conquistou-se, pela primeira vez, um acordo nacional, contemplando o mesmo índice de reajuste (89,55%) para todos os bancários do Brasil. Para quebrar essa unidade, posteriormente, os bancos federais chamaram para si, individualmente, as negociações, o que se refletiu em períodos com reajustes diferenciados entre rede pública e privada.


Hoje, a CONTRAF/CUT congrega 105 sindicatos e 9 federações. Ou seja, 90% dos bancários e bancários do País estão vinculados através de seus sindicatos e federações à CUT.