Bancários do Santander se reuniram na terça-feira (14/7), por videoconferência, para debater sobre as condições de trabalho no banco em meio à pandemia do coronavírus e traçar os próximos passos para a luta em defesa dos direitos, do emprego, da saúde e da renda dos funcionários. Pelo Ceará, participaram do Encontro os diretores do Sindicato, e funcionários do Santander, Ailson Duarte, Clécio Morse e Eugênio Silva.
O Acordo Coletivo de Trabalho dos funcionários do Santander já foi assinado, mas existe ainda muito a ser conquistado, tanto questões específicas do banco, quanto as que são negociadas na mesa com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). Durante o Encontro, os funcionários também puderam alinhar a atuação contra a cobrança de metas abusivas pelo banco e contra as demissões que estão ocorrendo quando os bancários não conseguem cumprir estas metas.
O SINDICATO NO MUNDO DIGITAL – Os sindicatos dos bancários são reconhecidos por sua constante presença nos locais de trabalho da categoria. E essa atuação será mantida. Mas, neste momento de isolamento social, com grande parte dos funcionários trabalhando em home office, os sindicatos estão utilizando novas formas de comunicação e mobilização.
O consultor em comunicação, internet, redes sociais e TI, Ricardo Negrão, foi o responsável pelo momento de formação do encontro. Negrão falou sobre as mudanças necessárias para a atuação em rede. “Essa experiência presencial não é mais possível e o método tradicional de distribuição de conteúdos não funciona mais. É aqui que entra a comunicação. E os sindicatos precisarão investir para que ela aconteça efetivamente e possa auxiliar na continuidade do relacionamento com as bases”, alertou o consultor.
“O bancário, assim como qualquer outra pessoa é impactado a todo momento por diferentes métodos e canais. Nós também precisamos pensar em como atingi-lo”, disse Negrão. “Mas, não basta pensar na distribuição do conteúdo. Antes precisamos definir objetivos e estratégias, com base em pesquisas. Escolher temas, linguagem, palavras-chave e quais canais serão utilizados. Somente depois disso vamos produzir e aí, todos temos que colocar a mão na massa para a mensagem chegar onde a gente quer que ela chegue”, completou. Negrão também disse que, com a campanha em andamento é preciso monitoramento para saber se ela está atingindo o público definido e, se for o caso, realizar mudanças para melhorar seu desempenho.