Bancários do Santander e Real cobram melhoria da PLR

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A Contraf-CUT promoveu no dia 24/4, reunião conjunta e ampliada das Comissões de Organização dos Empregados (COEs) do Santander e Real para intensificar a luta pela melhoria da PLR. O encontro aconteceu no Auditório Amarelo, do Sindicato dos Bancários de São Paulo.


No final do processo de negociação dos aditivos à convenção coletiva, no dia 13 de março, os dirigentes sindicais cobraram o pagamento de uma diferença de PLR. “O balanço publicado não correspondeu às expectativas anunciadas pelo próprio banco”, afirma o funcionário do Santander e novo secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.


O presidente mundial do Santander, Emilio Botin, alardeou, em 31 de outubro, quando veio acompanhar a Fórmula 1, que o lucro no Brasil seria de R$ 4,8 bilhões. Entretanto, o lucro oficial foi de R$ 2,75 bilhões, uma brusca involução nos últimos dois meses de 2008 em torno de R$ 2 bilhões. Na prática, um banco mais um banco ficou igual a um, pois o balanço derreteu um banco.


Com isso, os trabalhadores receberam apenas a regra básica da PLR. Já os acionistas, conforme notas do balanço, receberam dividendos sem prejuízos. “Não é justo que os funcionários recebam uma PLR reduzida em função de uma involução no balanço que não é culpa deles”, afirma o funcionário do Real e diretor do Sindicato dos Bancários do Ceará, Clécio Morse.

LUCRO CRESCE 7% NO PRIMEIRO TRIMESTRE – O lucro do Santander cresceu 7,12% no primeiro trimestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2008 e atingiu a marca de R$ 416,4 milhões, de acordo com os jornais Valor econômico e DCI. Os dados ainda não incluem os resultados do Real. O balanço aponta também que a intermediação financeira, o chamado spread, está em alta no Santander. A receita adquirida com a prática subiu 6,42% em relação ao mesmo período do ano passado, rendendo um total de R$ 1,3 bilhão. As despesas com pessoal, por outro lado, não se alteraram, somando pouco mais do que R$ 450 milhões. A carteira de crédito subiu de R$ 49,9 bilhões para R$ 50,1 bilhões.


“O crescimento de 7,12 no primeiro semestre desse ano significa que mais uma vez os funcionários deram sua parcela de contribuição para o lucro do banco. Mais do que nunca, o banco deve ser justo e pagar aos trabalhadores a PLR de 2008 de forma integral”, conclui o funcionário do Real e diretor do Sindicato dos Bancários do Ceará, Eugênio Silva.

ADESÕES AO “PIJAMA” – Termina na próxima quinta-feira, dia 30/4, o prazo de adesão à estabilidade remunerada pré-aposentadoria, o “pijama”, previsto nos aditivos à convenção coletiva conquistados junto ao Santander e ao Real. Cabe ressaltar que esse prazo é para os bancários que já reúnem os requisitos necessários para aderir ao “pijama”.

AUXÍLIO EDUCAÇÃO E ACADEMIA SÃO NEGADOS PARA OS BANCÁRIOS DO NORDESTE – O Banco Real vem discriminando os bancários de nossa região, e tal fato ocorre quando os trabalhadores solicitam os dois benefícios e a resposta é sempre a mesma, “não foram abertas as inscrições para as concessões”. O fato é que em outras regiões do País estes auxílios estão sendo concedidos normalmente. “Se existe o benefício nada mais justo que todos os funcionários tenham acesso”, afirma Eugênio Silva, diretor do Sindicato dos Bancários e funcionário do Real.