Bancários do Santander-Real fecham agência por uma hora contra demissões

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Contras as demissões de 400 funcionários no País e para pressionar a reabertura de um canal de negociação com o banco, os dirigentes do Sindicato dos Bancários do Ceará e os bancários do Santander-Real fecharam a agência Santander da Avenida Santos Dumont, em Fortaleza, das 10 às 11h, na quarta-feira, 18/2.

O ato aconteceu num dos mais movimentados corredores bancários da capital cearense e a agência ficou fechada por uma hora, com a presença de banda de música, faixas e muita palavra de ordem. Os trabalhadores locais seguiram a programação do Dia de Luta, realizado em todo o País, com o slogan: “Santander: Chega de Demissões! Respeite o Brasil e os Brasileiros!”.

Além do protesto contra as demissões, estavam na pauta de reivindicações a licença remunerada pré-aposentadoria, o incentivo à aposentadoria e a finalização do Aditivo dos dois bancos. Os dirigentes sindicais alertaram também que o período de crise financeira não justifica as demissões em massa do Santander, já que no ano passado, o lucro do banco foi de R$ 2,8 bilhões, somente em suas operações no Brasil.


O diretor do SEEB/CE e funcionário do Santander-Real, Eugênio Silva, lembrou que o presidente do Santander esteve recentemente no Brasil e que teria feito promessas animadoras para os funcionários do banco. “Ele prometeu abrir 400 unidades no País. Por que não redistribuir esses trabalhadores para essas unidades? No momento de negociações, o banco processa demissões. Isso vai engrossar o número de trabalhadores informais”, declarou.

PLANO DE LUTAS – Durante o Encontro Nacional dos Funcionários do Santander-Real, realizado nos dias 9,10 e 11 de fevereiro, em São Paulo, os dirigentes elaboraram um plano de lutas para ser colocado em prática o mais rápido possível. Eis as atividades: organizar e disponibilizar aos dirigentes e aos funcionários um quadro específico com dados e números sobre direitos, emprego, política sindical e demais informações dos bancos Santander e Real; agilidade e comunicação com os funcionários; campanha de mídia, com ênfase na reivindicação/necessidade do Santander negociar com os trabalhadores e os seus sindicatos; reivindicar e estabelecer um calendário e uma dinâmica de negociação com o banco; analisar a possibilidade de uma jornada de lutas em Brasília; realizar encontros regionais, visando mobilizar os trabalhadores dos dois bancos.