Bancários em greve fazem um dia de paralisação no Bradesco e Itaú de Caucaia

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Mais uma vez bancários em greve estiveram no Centro de Caucaia conscientizando a população sobre os motivos do movimento paredista da categoria. Nessa guerra, todas as armas foram válidas: faixas, adesivos, carro de som e, claro, o diálogo com os moradores da cidade e clientes dos bancos. O Sindicato dos Bancários esteve nas agências do Itaú e do Bradesco, e deixou claro que a culpa da greve é dos banqueiros, que insistem em ignorar as reivindicações da categoria e não apresentam uma proposta digna.


Desta vez em Caucaia, a situação foi tensa, como já era esperado. O Bradesco conseguiu um interdito proibitório na Justiça de Caucaia, mas os dirigentes do Sindicato não foram notificados. O gerente da Regional, então, ligou para o gerente daquela agência de Caucaia e ordenou que abrisse a agência, mas o Sindicato manteve a paralisação do atendimento até o final do expediente, às 15 horas. Mesmo depois desse horário, os dirigentes sindicais mantiveram-se na agência alegando que apenas deixariam o local quando recebessem a ordem judicial.


Durante o expediente que não houve, o SEEB/CE e o gerente da agência do Bradesco em Caucaia entraram em consenso, mas este tentou abrir a unidade antes da chegada do interdito proibitório, o que gerou empurra-empurra e confusão. O diretor do SEEB/CE e funcionário do Bradesco, Gabriel Motta, declarou aos clientes que, com a chegada do interdito proibitório, o Sindicato não teria problemas em permitir que a agência fosse aberta, assim como foi feito em Fortaleza. Até às 15 horas o interdito não chegou.


Do outro lado da rua, no Banco Itaú, a gerência tentou tumultuar o movimento grevista. O gerente disse ao povo que haveria atendimento, o que deixou todos ansiosos. Foi preciso que os diretores do Sindicato conversassem com ele para que entendesse que não poderia furar a greve. Apenas o autoatendimento deveria ser liberado, como já estava acontecendo. Essa agência do Itaú também ficou paralisado o atendimento durante todo o dia.


Em vista das péssimas condições do autoatendimento, realizado em um espaço minúsculo e indigno, o diretor do SEEB/CE, Bosco Mota, caracterizou o local como um “corrimboque”, numa expressão tipicamente nordestina: “Isso aqui é um corrimboque! Isso é uma estratégia do banco, pois o local é pequeno para o povo não poder entrar. O banco não quer melhorar o atendimento! Por que não aumenta o espaço para o auto-atendimento? Tem um terreno enorme aqui do lado, por que não constrói?”, disse.