Bancários exigem adicional da PLR sobre último balanço do banco

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Na quarta-feira, dia 28/10, o Grupo Santander Brasil vai creditar a antecipação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) para os seus funcionários. Conforme a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2009/2010, a regra básica da PLR prevê o pagamento de 54% do salário mais R$ 614,00 com teto de R$ 4.008,00. Já o adicional da PLR estabelece a distribuição linear de 2% do lucro líquido do primeiro semestre deste ano limitado a R$ 1.050,00.


Conforme estudo do Dieese, o adicional da PLR do Santander deverá ser de R$ 940,30. Esse valor foi calculado de acordo com a revisão do balanço patrimonial consolidado condensado publicado pelo Santander e auditado pela Deloitte Touche Thomatsu Auditores Independentes, que apontou lucro de R$ 2,45 bilhões no primeiro semestre.


Trata-se do último balanço divulgado pelo banco espanhol e apresentado aos investidores no recente processo de oferta de ações, que levou o Santander a captar mais de R$ 14 bilhões, a maior oferta inicial de ações de todos os tempos na Bovespa e a maior do mundo neste ano.


“Exigimos que esse balanço seja utilizado para a apuração do adicional da PLR. O Santander não pode mostrar um lucro aos acionistas e usar outro para pagar a PLR dos trabalhadores, justamente os principais responsáveis pelos resultados do banco”, afirma o presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Carlos Cordeiro.


“As negociações continuam e esperamos agilidade no processo negocial e avanços para os trabalhadores”, afirma o funcionário do Santander e diretor do SEEB/CE, Ailson Duarte, enfatizando o processo acelerado de fusão, onde a categoria quer manter e unificar direitos e conquistas, “consolidando as condições mais vantajosas para os trabalhadores, bem como garantir proteção aos empregos e melhorar as condições de trabalho”, destaca.


“Além disso, a revista Exame traz que o Santander captou mais de R$ 14 bilhões na Bolsa de Valores para investir no Brasil”, disse o dirigente sindical, que também defende investimentos no Brasil, a começar pelos trabalhadores do banco.