Bancários exigem fim das metas

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A Contraf-CUT, junto com a Comissão de Empresa, e a direção do banco Santander reuniram-se no início de julho em mais uma rodada de negociações do Comitê de Relações Trabalhista.

Há alguns dias, o Santander distribuiu uma cartilha para os caixas, cobrando deles a postura de vendedor, inclusive com dicas para ampliar as vendas de produtos e serviços. “Temos a informação que constantemente o banco faz reuniões com os bancários antes e após o horário de trabalho. Com a cartilha em mãos, cobramos uma explicação e o fim imediato das metas. Reafirmamos também que caixa não é vendedor. O banco afirmou que a cartilha editada vai ser revista. Os bancários que sofrerem qualquer pressão para vender produtos devem denunciar ao seu sindicato”, afirmou Paulo Stekel, diretor da Contraf-CUT e funcionário do Santander.

Os representantes dos bancários exigiram que os gestores sejam orientados formalmente a parar com a exposição, a humilhação e as ameaças de demissão em reuniões. Outra reivindicação é que os atestados de saúde, em casos de afastamento, possam ser entregues ao RH do banco por qualquer pessoa. Hoje, o Santander exige que o atestado seja entregue pessoalmente pelo funcionário, que muitas vezes não tem condições físicas para comparecer ao banco. A Comissão de Empresa quer ainda que o banco disponibilize o Plano de Cargos e Salários dos funcionários para evitar distorções, após denúncias de promoções sem o devido aumento de salários e a falta de isonomia entre os trabalhadores.