Bancários exigem segurança em agências de negócios

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As agências de negócios, que o Itaú abriu em várias cidades do País, inclusive em Fortaleza, devem ter obrigatoriamente plano de segurança aprovado pela Polícia Federal, conforme estabelece a lei nº 7.102/83. Não podem funcionar sem portas giratórias e sem vigilantes. A exigência foi feita pela Contraf-CUT, federações e sindicatos aos representantes do banco, durante negociação realizada dia 27/2, em São Paulo.


Os bancários avaliam que a falta de mecanismos de segurança é um atrativo para ações criminosas e, além disso, as agências de negócios possuem caixas eletrônicos e por isso há operações de abastecimento e saques de dinheiro, colocando em risco a vida de bancários e clientes. “Mesmo que não tivesse numerário, é preciso ter segurança, como existe em outras unidades do banco, onde há funcionários trabalhando”, salientou o diretor do Sindicato dos Bancários, Alex Citó.


Essas agências de negócios são, na verdade, agências tradicionais que tinham plano de segurança e foram transformadas para esse novo modelo de atendimento seletivo do banco, porém os equipamentos de segurança foram retirados. É importante lembrar que em 2011 o Itaú chegou a retirar inúmeras portas giratórias durante a reforma das agências, no processo de fusão com o Unibanco, mas após a pressão das entidades sindicais, o banco voltou atrás, inclusive recolocando esse equipamento em unidades onde havia retirado.


Esse novo modelo excludente de agências do Itaú também foi criticado pelos dirigentes sindicais. Não existe bateria de caixas. O atendimento não é para todos os clientes, que ainda são direcionados para unidades próximas se precisarem de determinados serviços.


Os representantes do Itaú ouviram os dirigentes sindicais e disseram que segurança “é uma preocupação do banco” e se comprometeram a agendar nova negociação para o mês de março, onde irão trazer uma resposta.


Ao final, o Itaú ficou de agendar uma negociação para o mês de abril sobre a retomada da pauta específica de reivindicações dos funcionários, que inclui questões como emprego, plano de saúde, reabilitação profissional, programa Agir e Plano de Cargos e Salários (PCS), dentre outras.


Monsenhor Tabosa – Em junho de 2013, os bancários do Ceará paralisaram a “loja” de atendimento do Itaú durante sete dias, até serem surpreendidos por um interdito proibitório que freou a mobilização da categoria. Entretanto, a manifestação revelou à população a falta de bom senso do Itaú ao deixar funcionar uma “loja” para fazer negócios, sem as mínimas condições de segurança.


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O que nós esperamos é que o banco recue e garanta segurança nas agências de negócios, protegendo a vida de bancários e clientes e prevenindo assaltos. O Itaú investe bilhões de reais em novas tecnologias, em propaganda, mas ainda trata como despesa a segurança das pessoas e isso precisa mudar”
Ribamar Pacheco, diretor do Sindicato dos Bancários e representante da Fetrafi/NE na COE Itaú